A mãe perfeita VERSUS a mãe inteira


Lêda Zoéga Parolo
por: Lêda Zoéga Parolo
Psicóloga clínica com foco na psicologia positiva aliada à tradicional

Quando estiver com seu filho, esteja realmente com ele, sem o celular, sem televisão ligada, mas brincando e conversando com ele (foto: Free Images)

Culpa por sair para trabalhar e mandar os filhos de perua para a escola. Culpa por chegar cansada em casa e a paciência para ajudar na lição estar pequena. Culpa por se divertir com amigos sem os filhos, que ficam em casa com babá ou avós. E por aí vai…

Convivemos diariamente com a ideia da mãe perfeita, aquela mãe que dá conta de tudo – das coisas da casa, do trabalho e, principalmente, da família. Desse ideal surge a culpa. Mas sabemos que não dá para ser perfeita. Além de não dar, não é necessário.  

O que é possível – e mais importante – é ser uma mãe inteira.

Minha proposta é que você rompa com esse ideal de mãe perfeita, que só traz culpa, e foque em ser uma “mãe inteira” . Não é tão difícil sim. Na verdade, é mais simples do que você pensa – e tem tudo a ver com estabelecer uma conexão com seu filho. Olha só algumas atitudes que você pode adotar:

  • Quando estiver com seu filho, esteja realmente com ele, sem o celular, sem televisão ligada, mas brincando e conversando com ele, interagindo e falando sobre seu dia e amigos.
  • Converse buscando desenvolver em seu filho a percepção das emoções. Mesmo as emoções negativas devem ser conversadas. Seu filho precisa entender que pode ficar bravo ou triste, e entender por que está assim. Também precisa aprender a perceber o que o deixa feliz e bem, apontar seus sentimentos.
  • Pense que algumas situações, como por exemplo o trabalho ou saída com amigos, podem ser consideradas as suas pequenas “ilhas de prazer”, que são importantes para você, e repõem a energia para enfrentar o resto. Essas “ilhas de prazer” nos permitem estar mais inteiras com os filhos, porque tivemos nosso tempo. Ser mãe é difícil, pois não dá para nos desligarmos dos filhos, estamos sempre pensando neles. O que estou falando é que dá para pensar em você também.
  • Gerencie seu dia de forma a ter momentos com seu filho.  Isso é ser inteira: a qualidade, não a quantidade.
  • Sorria para as coisas mais simples. Escute e mostre que você está realmente ouvindo aquela história que ele está contando.
  • Conecte-se com seu filho da maneira que você se sentir mais à vontade: conversando, lendo uma história, cozinhando juntos. Não existe uma atividade padrão para todas as mães.

Quando a culpa bater, lembre-se: você nem sempre poderá suprir a demanda do seu filho, mas pode prepará-lo para se virar com o que a vida lhe trouxer. Pode ensiná-lo a esperar e a saber que pode contar com você.

 

 

  • Lêda Zoéga Parolo

    Psicóloga clínica e mãe de Caio, tem foco na psicologia positiva aliada à psicologia tradicional. Com grande experiência na área clínica, atende crianças, adolescentes e adultos.

Data da postagem: 16 de maio de 2018

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