Alerta geral: vai começar a temporada oficial de crianças em casa!


Lu Salles Hora
por: Lu Salles Hora
Pedagoga, fonoaudióloga, especialista em educação bilíngue, alfabetização e relações interpessoais - e apaixonada pela arte de educar. Mãe da Laura e do Lucas.

As tão esperadas (ou temidas?) férias escolares estão chegando. Para as crianças, é sinônimo de liberdade total — adeus despertador, tchau tarefas, até logo compromissos. É tempo de dormir até cansar, brincar até não querer mais e fazer só o que dá vontade. Ou melhor, seria… se os adultos deixassem.

Vamos combinar: esse “tempo livre” todo costuma deixar os adultos, nós né, em pânico. E antes mesmo de respirar fundo, já estamos em modo “agenda cheia”, procurando onde encaixar a próxima atividade dos nossos filhos. Cursos de férias, oficinas criativas, passeios, clubes, esportes, escolas com programação especial… tudo embalado como um combo de “diversão com supervisão”. E é sobre isso mesmo que eu quero falar… essa supervisão toda.

Não que essas opções sejam ruins — longe disso! Mas será que precisa tanto? Será que a gente não está exagerando um pouquinho? A tentativa de manter a rotina sob controle às vezes pode transformar a “pausa” em uma espécie de escola disfarçada de colônia de férias. Com rotina, horários etc. No fundo, será que não estamos tentando resolver o nosso próprio desconforto e tentar manter os filhos ocupados? E o medo de eles ficarem sem programação?

Sim, entendo perfeitamente: nem todo mundo consegue tirar férias junto com os filhos, e às vezes é preciso contar com uma ajudinha externa. Mas vale uma provocação: se férias são um direito, por que não respeitar o direito das crianças ao ócio, ao tédio, à criatividade espontânea? Já pensou em tirar suas férias dentro do escritório, com planilhas e reuniões? Pois é… eles também não gostam de “tarefas de férias”.

Férias são pausa, são descanso. E merecidos! Lembre-se das suas férias escolares, como elas eram? Eu gosto de pensar que experiências e vivências são oportunidades de aprendizado. Que memórias queremos que os nossos filhos levem para a vida? Essa é uma pergunta que eu sempre faço quando estou planejando esse tempo em família. Você já considerou que o aprendizado pode estar em oportunidades como: aprender a lidar com o tempo livre, a inventar brincadeiras, a ajudar em casa, a curtir a companhia dos avós, primos ou dos amigos.

E aqui vai a parte prática…. Para quem não organizou viagens, que tal oferecer experiências interessantes durante as férias com os filhos?

• Combine uma tarde na casa dos avós, primos ou amigos.

• Organize um “cinema em casa”, com pipoca e tudo.

• Deixe que escolham uma exposição, peça ou filme para ir juntos.

• Que tal um dia de acampamento no quintal ou na sala?

• Criem juntos uma receita nova na cozinha.

• Façam uma “faxina divertida” no quarto — aquela limpeza geral pode até render achados esquecidos e ainda fazer doações para ajudar quem precisa.

• Inscreva em uma clínica esportiva ou oficina artística que fuja do padrão escolar.

• E, por que não, um tempo sem fazer nada? Isso também é saudável.

No fim das contas, cada família vai encontrar seu próprio jeito de equilibrar a rotina com a diversão. O importante é lembrar: férias não são “dias perdidos”, são oportunidades vividas. Que a gente aproveite esse tempo com menos culpa, mais leveza e muito amor. Boas férias!

  • Lu Salles Hora

    Pedagoga, fonoaudióloga, especialista em educação bilíngue, alfabetização e relações interpessoais. Mãe da Laura e do Lucas, esposa do Rafael. Com experiência de + de 20 anos em chão de sala e orientação parental, é apaixonada pela arte de educar e acredita que crescemos à medida que nos relacionamos uns com os outros. Para Luciana, todos somos educadores, basta dar bons exemplos e agir com coração e razão alinhados.

Data da postagem: 24 de junho de 2025

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