Super poderosas, mas precisando de ajuda!
Nós, super mulheres, super mães (e super cansadas a esta altura do ano!) conquistamos o nosso espaço no mercado de trabalho e não há dúvida de que somos capazes de assumir posições decisivas nas empresas, de tocar nossos negócios próprios com competência e resultados. E a maternidade não nos impede de continuar dando conta da vida profissional.
Tanto isso é verdade que em 2014 o It Mãe fez uma pesquisa com 291 mães para saber o que mudou na vida profissional delas depois da maternidade, 63% delas com idade entre 30 e 40 anos; 25% de 40 a 50 anos. Falamos com funcionárias de empresas, profissionais liberais, empreendedoras…
A primeira pergunta que fizemos foi: Você continuou a trabalhar depois que teve filhos? 70% respondeu que sim e 14% parou por um tempo, mas voltou. E como será que a carreira dessas mulheres ficou depois da maternidade? Para 55% a carreira evoluiu; para 32%, continuou na mesma; e para 13%, andou para trás.
E quer saber quantas delas mudaram de carreira depois dos filhos? 34%. Já a mudança de emprego foi bem maior: 51% delas trocou de trabalho. E o salário? 45% tiveram aumento; 33% ficaram na mesma e 22% tiveram perda de salário. Por fim, 57% das mães têm certeza de que se tornaram profissionais melhores depois da maternidade. E apenas 10% acham que desempenho piorou.
As mulheres que tiveram evolução na carreira explicam que a maternidade aos deixou mais focadas, mais responsáveis e mais decididas a ir mais longe – fica o recado para as empresas que ainda têm preconceito com profissionais que tem filhos. E também a deixa para quem acha que a maternidade atrapalha a carreira e por isso está deixando a gestação para o último alarme do relógio biológico.
Em contrapartida, a gente não pode deixar de olhar para o número expressivo de mulheres que não teve um aumento salarial ou evolução na carreira depois dos filhos. Isso mostra que continua sendo mais difícil para a gente do que para os homens dar conta de tudo. Uma das razões? Por mais que existam homens modernos que já dividam as tarefas em casa, a jornada dupla ainda pesa nas costas de uma parte expressiva das mulheres. É um tal de virar a chave do modo mãe para o modo dona da casa e depois voltar ao modo profissional!
Acredito, sim, que existe um caminho do meio. E um caminho da parceria entre homens e mulheres. E já vemos muitos homens para os quais essa ficha já caiu. Não se trata de nos fecharmos um clube onde só entram as mulheres. Eles precisam estar com a gente nas discussões, nos apoiando em nossas escolhas e fazendo sua parte tanto no trabalho, quanto em casa.
Precisamos também cada vez mais de incentivo, soluções e exemplos de mulheres vencedoras para garantir nosso espaço com dignidade e sem tanto stress. Também para completar, contamos com o apoio das empresas para que nos dêem condições de equilibrar os papeis e estar mais perto dos filhos – home office, horários flexíveis, licenca-paternidade… As organizações podem ter certeza que vamos retribuir com resultados extraordinários! E aí na sua vida? Como está esse balanço? Me conte!
Um beijo,
Dani Folloni
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