Existe uma receita para ser mãe?

Antes de ter filhos, a gente até imagina que pode existir um jeito único de ser mãe. E tenta correr atrás dele nos livros, manuais e em tudo quanto é fonte de informação. Quando vem o primeiro bebê, começam as surpresas! O que funcionou com a sua amiga e o filho dela não funciona exatamente com você e seu filho. Daí, aos poucos, você vai descobrindo o seu jeito. Mas a brincadeira não para por aí. Você resolve ter o segundo filho. Então, se dá conta de que não existe um único jeito de ser mãe sendo mãe de dois (ou de três, de quatro… que se aventura?). O que funcionou com o primeiro não funciona necessariamente com o segundo.
Aqui em casa, senti isso na prática. Quer exemplos? Um: sempre embalei a Bela para dormir no berço quando ela era bebê. Já o Felipe sempre dormiu sozinho. Será que eu era uma mãe mais insegura na primeira gravidez e isso influenciou? Sim, certamente eu era mais insegura, mas será que o Fe dormia mais facilmente no berço por que eu havia me tornou uma mãe mais segura ou por causa da personalidade dele? Talvez um mix dos dois. Exemplo dois: desde pequena, a Bela sempre levou a sério os meus “nãos”. Lembro como se fosse hoje que quando ela, ainda bebê ia chegando com a mãozinha em algo perigoso, eu falava: “Bela… nããão” Ela me olhava e ia tirando a mãozinha. Já o Felipe… na mesmíssima situação, ele me olhava e ia colocando mais a mãozinha e ainda dava uma risadinha. Aliás, até hoje é assim: a Bela leva a sério minhas broncas e o Felipe quer reverter o quadro com sorriso e charme. A solução? Encontrar um jeito para educar cada um, sem perder o foco no que é importante ensinar. Dá trabalho? Claro. Quem disse que seria fácil?
A gente vai vendo que não existe uma receita exata para ser mãe. Para cada filho o tempero é diferente. Um precisa de mais açúcar, outro precisa de mais sal… Às vezes você erra a mão e precisa consertar. O bom é que sempre existe uma chance de fazer de novo. Ser mãe é uma relação que você estabelece com outro ser humano e vai construindo aos poucos. O mais lindo de tudo é que a gente acompanha tudo desde o útero… tem conexão mais poderosa? Mas não tem essa de ser perfeita. A maior parte do tempo é tentativa e erro. É ir descobrindo o que funciona com cada filho, o que cada um precisa. Assim eu tenho feito aqui em casa. Quando a gente aceita que a vida de mãe não é comercial de margarina, fica tudo mais fácil, mais real e sem culpa. O importante é confiar no seu feeling, no seu jeito de fazer e fazer com amor – aliás, esse tempero sempre cai bem 😉
#ConfieNoSeuJeito