Ivete Sangalo num papo sincero sobre vida de mãe. Imperdível!
Ivete na versão mãe! Ela fala sobre escolhas, prioridades, carreira X maternidade. Conta do que não abre mão na hora de educar e até compartilha sua dica "tiro e queda" para colocar as gêmeas para dormir
(foto: It Mãe)
Centrada, bem-resolvida, profunda e, claro, carismática como sempre. No evento da marca de fraldas Pampers, na última sexta-feira, a cantora Ivete Sangalo, 47, mãe de Marcelo, 10 anos, e das gêmeas Helena e Marina, 1 ano e 8 meses, falou sobre a vida de mãe de três, no papo mediado pela digital influencer Lu Ferraes.
Aqui, os melhores momentos em que ela fala sobre as escolhas que todas nós fazemos para conciliar as realizações profissionais com a maternidade, como busca o equilíbrio para gerenciar todos os papeis e até compartilha sua dica “tiro e queda” para fazer as filhas gêmeas dormirem!
O que Ivete Sangalo pensa sobre ser mãe:
“Se Deus me colocasse mãe primeiro, e não estava cantando nem no chuveiro!”
“A gente faz a escolha de ser mãe. E tem que respeitar o indivíduo filho dando a ele uma disponibilidade. Não necessariamente de tempo, mas da emoção mesmo de pensar no filho, de se relacionar com ele intensamente. Mas isso dá para se adequar em todas as vidas de nós mulheres, multifacetadas. A gente está sempre fazendo muita coisa. E eu adoro a vida de mãe. Sempre brinco que Deus foi maravilhoso: me botou primeiro cantora, para eu realizar os meus desejos profissionais e na sequencia ele me colocou mãe, porque se ele me colocasse mãe primeiro, e não estava cantando nem no chuveiro!
“Eu acho que um passo importante é entender que você não tem controle”.
Você não encontra um marido e um filho porque você programou. Eu acho que a gente programa assim: eu quero ter meus filhos com tantos anos e as coisas vão mostrando que a gente não tem controle sobre tudo. Eu sou uma pessoa completamente controladora e centralizadora. Eu quero fazer tudo do meu jeito. E acho que um passo importante é entender que você não tem controle.
O que Ivete Sangalo pensa sobre educação dos filhos:
“Eu acredito demais no diálogo. Eu acho terrível o pai ou a mãe, o adulto que se sobrepõe à criança através da força e do tamanho ou do poder de ser o pai e a mãe.”
“São desafios completamente diferentes ter um filho de 10 anos e ter duas menininhas de 1 ano e oito meses. São mundos completamente diferentes. Mas acho que se você tiver essa disponibilidade de pensar nos filhos com generosidade, acaba encontrando um ponto de intersecção entre entre a vida deles, a sua vida, a vida do pai, do avô, da avó, sem isso ter um peso muito grande.
Então, lá em casa é respeitado o tempo de Marcelo, na idade dele, é respeitado o tempo das meninas e isso tudo em comum acordo e no diálogo. Eu acredito demais no diálogo. Eu acho terrível o pai ou a mãe, o adulto que se sobrepõe à criança através da força e do tamanho ou do poder de ser o pai e a mãe.
O diálogo em meio às tempestades dentro de casa sempre funciona. Não acredito nessa sobreposição de poder, assim: “Eu sou sua mãe, faça isso”. Eu acho que tem que ser através da consciência. Isso é no tempo e dá trabalho.
“Um filho não aprende a dar bom dia na primeira vez que você fala. Você vai falar isso quatrocentos e cinquenta bilhões de vezes.”
“A gente não é pai e mãe à toa. Foi dada a nós a incumbência de ajudar esse indivíduo a se construir. E o diálogo é a maneira mais funcional de trazer à luz respeito, consciência, colaboração… E para tudo isso tem que ter paciência, né?”
“Um filho não aprende a dar bom dia na primeira vez que você fala para ele: ‘Filho, dê bom dia às pessoas, peça licença’. Você não fala isso uma vez, você fala isso quatrocentos e cinquenta bilhões de vezes. A criança é um HD vazio, ela vai absorver aquilo. Você, tem que permanecer ali firme.”
“A coisa com que mais nós devemos nos preocupar é sobre como educar os filhos. A fralda com cocô, o xixi, acordando de noite, não quer comer, não sei o que não deu certo, o banho é uma loucura, o pai e a mãe trabalham , chegam tarde…. tudo isso é uma coisa comum a todos os seres humanos. Mas a consciência de como saber conduzir essa rotina e levar ao filho sempre a informação, a tranquilidade, esse é uma papel nosso. Então, respira fundo, engole, e pensa na criança como um indivíduo no futuro. Pelo menos eu tento fazer dessa maneira.”
O que Ivete Sangalo pensa sobre palpites:
“Não tenho a mesma experiência de uma mãe que tem um menino de 1 ano e uma menina de 1 mês. Talvez ela tenha muito mais bagagem pra me aconselhar.”
“Nós todos estamos sempre no caminho de aprender. A experiência é parcial, sempre. Não se tem experiência para tudo, mesmo que você viva uma determinada circunstância. Eu sou mãe. Tenho um filho de dez anos e duas menininhas de 1 ano e oito meses, gêmeas. Não tenho a mesma experiência de uma mãe que tem um menino de 1 ano e uma menina de 1 mês. Talvez ela tenha muito mais bagagem pra me aconselhar. Então, a gente nunca sabe muito. Tudo na vida a gente tem que filtrar.
E eu acho que além do número de conselhos gigantes, a gente tem um número gigante de informação. A informação sempre é importante. Buscar alguém que possa lhe dar um conselho, às vezes uma amiga que já teve filho.
O que Ivete Sangalo pensa sobre o que pode ou não pode na gravidez:
“A gente precisa compreender a mãe como indivíduo, como uma pessoa que tem um jeito de viver. Não pode esse negócio de colocar tudo mundo no mesmo saco.”
‘Eu sou cantora. Danço, canto, o meu corpo está acostumado a essa atividade, a fazer um show, a fazer um trio. E o meu corpo, quanto menos eu me exercitava na gravidez, mais eu sentia coisas difíceis. Eu parei de fazer shows aos sete meses e eu falei bicho eu tenho que fazer algo. Malhei até o sétimo mês, parei de fazer esses exercícios de maior impacto e fui pra natação, que foi adequada para o meu tipo de corpo, o tipo de mulher que eu sou. Eu nadei mil e quinhentos metros até o dia de parir, porque eu sentia necessidade de estar em movimento.””
“Tem mulheres que podem fazer atividade física até o dia de parir, de outro jeito. Então eu acho que a gente precisa compreender a mãe, o pai, como indivíduos, como pessoas que têm um jeito de viver, um comportamento, um modus vivendi. [Não concordo com] Esse negócio de colocar tudo flat, todo mundo no mesmo saco todo mundo… é preciso fazer ressalvas.”
O que Ivete Sangalo faz na hora de colocar as gêmeas para dormir:
“Não fico cantarolando, fico calada.”
“Tenho uma dica maravilhosa. Na hora que vou botar minhas filhas pra dormir, eu faço todo esse processo com elas: dou banho nas duas e faço questão de botar as duas pra dormir, porque eu sou um pouquinho também psico né? rs. Então, tentei estabelecer entra elas uma diferença de vinte, trinta minutos – uma delas fica um pouquinho mais acordada – e eu quero botar as duas pra dormir. Eu ponho elas na cama, não fico sacudindo. Eu fico do lado, pertinho, porque eu sei que quando eu for viajar pra fazer um show, uma outra pessoa pode colocar na cama e dar um denguinho e não necessariamente ter aquele jeito de sacudir, porque eu acho que não se deve sacudir criança.”
“Por isso, eu ponho elas na cama e fico calada. Quarto escuro, juntinho delas e calada. Então, começo a respirar, que nem respiração de yoga. Eu respiro fundo e solto, encostada nelas. Até que em um determinado momento eu falo: ‘Filha: agora é hora de dormir. Só isso. E aí elas vão pegando essa calmaria da minha respiração e elas não encontram vazão para a aquela energia fora de hora. Tem dia que a primeira demora uma hora e meia para dormir e aí o pai tem que assumir a outra. Menina, é tiro e queda!”
“Não faço atividades muito estimuladoras antes do sono. Então janta, ouve umas musiquinhas – gosto dos mantras. que se relacionam com chackras medicinais que são muito gostosos – e começo a baixar o ritmo da casa. Aí todo mundo dorme e a mamãe fica lá resolvendo outras coisas. Mas eu acho isso importantíssimo. Tem que colocar um ritmo. Também fiz isso com Marcelo e deu muito certo.”
O que Ivete Sangalo pensa sobre conciliar maternidade e realizações profissionais:
“Eu me permiti fazer com que o meu trabalho fosse do tamanho que eu preciso.”
“Tem uma vaidade que nos contamina, que faz a gente tentar se sobrepor à própria qualidade da relação mãe e filho. Eu tenho uma profissão, sou uma cantora famosa e tal, mas nada disso tem que me tirar do pilar maior que me sustenta hoje que é o fato de ser mãe e ter a minha família. Isso não me tira do prumo.”
“Eu vivo as oportunidades e as experiências dentro de um tamanho de necessidade. Quando eu falo de tamanho de necessidade é: da minha popularidade, do meu prazer e dinheiro que eu ganho com isso. Eu sustento a minha família também com meu dinheiro. E isso não significa desmerecer o trabalho nem dizer: “Ah, vamos fazer um trabalhinho ali, não”. Eu me refiro a trabalhos que não necessariamente acrescentariam nada para mim e que eu posso pecar pela vaidade de estar fazendo aquilo. Então, eu também busquei esse equilíbrio.Eu não estou falando de deixar de trabalhar. Muitas mulheres não conseguem deixar de trabalhar, porque são pilares da casa.”
“Quando eu tive os meus filhos, foi quando eu mais me priorizei.”
“Me fizeram uma pergunta pra mim assim: ‘Ivete, quando termina o dia e você não se prioriza, você fica chateada?’ Eu falei: mas quando eu tive os meus filhos, foi quando eu mais me priorizei, sob o prisma de ter a alegria, o prazer e o amor que eu sinto por eles. Foi uma escolha minha quando falei: ‘Eu, Ivete, quero ser mãe agora, quero fazer isso agora. Eu quero ser feliz’. Isso é se priorizar.”
“Não fazer uma unha às vezes, gente, não vai dar. Mas isso independe de estar com filhos ou não. Não fazer a escova ou não malhar ou não fazer aquela dieta muito doida… Essas coisas todas que a gente fica achando que tem que fazer em detrimento de um prazer que nos preenche. A gente é tão cobrada, entende?”
“Se a gente parar para pensar que o filho é um desejo nosso, que a gente busca isso, tratar isso como um anulador, aniquilador da nossa própria pessoa é muito contraditório.”
“A gente tem uma confusão de ideias sobre o tempo. O meu tempo hoje é outro. É um tempo maravilhoso. É um tempo especial pra mim. Como há dez anos atrás eu tive um tempo, como quinze anos atrás tive outro tempo. E eu saboreava as coisas respectivas ao meu tempo. Eu acho que dentro da vida de cada um de nós, dentro do nosso tempo, a gente tem de saber não sofrer com aspectos que são uma pressão social sobre como deve ser, como deve se comportar. E se a gente parar para pensar que o filho é um desejo nosso, que a gente busca isso, tratar isso como um anulador, aniquilador da nossa própria pessoa é muito contraditório, eu acho.”
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