O dia do filho único
Depois que o irmão nasce, a irmã mais velha nunca mais consegue curtir o gostinho da atenção exclusiva. O mais novo, então, nem sabe o que é ser o único centro das atenções. Não, não vou ficar aqui dizendo quanto é importante aprender a dividir atenção, que irmão faz com que a gente fique menos mimado, que nos ajuda a ser mais descolado na vida e que é um amigo para todas as horas. Tudo isso a gente sabe.
Por outro lado, acho que, de vez em quando, faz um bem danado para a criança ter o dia do “filho único”. Quem tem irmão, vive tendo que negociar espaço, atenção, brinquedo… Merece um diazinho para poder escolher entre dois colos, falar tudo o que quer e ter atenção total (sem precisar dividir com ninguém) e ser paparicado exclusivamente.
Não chego a programar esse “dia do filho único”, mas quando dá certo de acontecer, vejo como é importante poder estar com os cinco sentidos focados em um só filho. Semanas atrás, meu marido levou o Fe no estádio de futebol pela primeira vez (Beloca não quis ir!). Eu e a Bela fomos ao cabeleireiro, passeamos, fomos à festa de aniversário de uma amiguinha dela. Fizemos um típico programa de menina. E eles, o típico programa de menino. Também já aconteceu o contrário. E também há vezes que deixamos um dos dois ir dormir na casa da avó ou da tia (essa parte é mais difícil de acontecer porque os dois sempre querem fazer o programa diferente! Se os dois vão juntos, a gente faz “a noite do casal sem filhos”, que também recomendo, mas é tema para outro post).
O dia do filho único também é dia de ficar com muita saudade do irmão, de se reencontrar no fim do dia e um contar para o outro o que fez de diferente. No fim, cada vez mais eles pedem para voltar logo e assim poder brincar juntos.
Um beijo,
Dani Folloni