Viajar com as crianças = cumplicidade em família


Claudine Blanco
por: Claudine Blanco
(foto: arquivo pessoal) Eu e as crianças na Chapada Diamantina, no Morro do Pai Inácio (foto: arquivo pessoal)

Tudo começou com uma viagem para a Chapada Diamantina. Escolhi este destino pois eu estava cansada de só irmos para resorts e fazermos viagens para lugares bem convencionais. Esta seria nossa primeira viagem após o meu divórcio e eu queria que ela fosse muito especial e diferente de todas que já havíamos feito, para iniciarmos essa nossa nova fase.

Sempre viajei muito, para destinos dos mais tradicionais aos mais inusitados. Eu sempre preferi viagens para lugares diferentes, de natureza abundante e de ter contato com cultura e gastronomia exóticas, por outro lado também gosto de lugares comuns como grandes cidades, destinos de compras, de luxo e que oferecem conforto. Porém, para os lugares mais “extravagantes” eu sempre ia sozinha, principalmente a trabalho.

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Minha família já sabia desse meu lado aventureiro, do meu gosto pouco convencional para viagens. Então, desde muito pequenos meus filhos se acostumaram com essas viagens e esperavam ansiosamente o dia que cresceriam um pouco mais para poderem me acompanhar.

Nós, mulheres e mães que trabalham muito e que muitas vezes têm que ficar longe de suas famílias, sabemos o quanto esses momentos separados, apesar de muito realizadores, são difíceis também. Obviamente, em cada lugar que visitei sem meus filhos eu pensava como seria bacana fazer aquela viagem com eles, o que seria legal fazer e o quanto um dia seria incrível poder levá-los para lá.

Tinha chegado a hora e o primeiro destino escolhido foi a Chapada Diamantina. Na época meu filho mais velho tinha nove anos e a caçula seis. Fizemos trilhas, nadamos em cachoeiras, sentamos no chão para fazer piquenique, exploramos cavernas, “escalamos” montanhas… Todas as atividades muito bem estruturadas e organizadas para fazer com crianças, com guias especializados, e as acomodações para lá de confortáveis, para garantir o sucesso da logística, que todo meu conhecimento profissional proporcionava.

Evidentemente, com criança o ritmo é diferente, as demandas são outras e ignorar isso é correr o risco de transformar as férias em um desastre. Eu queria que a viagem fosse perfeita!

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Só que mais do que uma logística adequada, o que me motivou a criar a agência Viajar com Crianças, foi o que trouxemos na bagagem na volta para casa!

Essa viagem foi um marco em nossas relações que obviamente estavam abaladas com o divórcio. A qualidade de nossa convivência fora da rotina, as aventuras que experimentamos juntos e a cumplicidade que criamos durante esses sete dias transformaram nossas vidas para sempre. Agora que já fizemos muitas outras viagens, a cada volta tenho a comprovação do quanto cada uma delas intensifica e melhora a nossa relação.

Hoje, quando fecho meus olhos e lembro da nossa conversa lá em cima do Morro do Pai Inácio (cartão postal da Chapada Diamantina que esta na foto dessa matéria), depois de “escalarmos” nossa primeira montanha, ou do som das risadas dos meus filhos ao verem um babuíno destruindo o nosso piquenique na África do Sul, penso o quão abençoada eu sou de poder vivenciar esses momentos e de ter a oportunidade de descobrir o mundo com o olhar deles.

Pensei: se isso faz tanta diferença na minha vida, vai fazer na vida de muitas famílias.

Assim nasceu a Viajar com Crianças! A agência é fruto do meu conhecimento profissional, da minha experiência como mãe, mas, acima de tudo, do mais profundo desejo de ajudar outras famílias a viverem essas experiências e aumentarem seus vínculos durante suas viagens.

Decidi trabalhar com os mais variados destinos. Dos mais inusitados, que muitos pais nem imaginariam ir com seus filhos, aos mais tradicionais, pois acredito que criança pode sim ir para qualquer lugar, desde que na faixa etária adequada, com a infraestrutura necessária e respeitando-se o perfil e o ritmo de cada família. Isso tudo para que a viagem seja aproveitada da melhor forma possível, com tranquilidade e segurança.

Os roteiros também são pensados com foco em oferecer atividades para que pais e filhos brinquem juntos, seja fazendo uma trilha, andando de bicicleta, cozinhando, nadando ou fazendo um piquenique. E se como sei que cada família tem necessidades bem específicas, a gente também customiza o roteiro de acordo com os interesses da família ou faz o roteiro do zero tim-tim por tim-tim, para qualquer destino.

Depois do fechamento da viagem, toda família recebe um mini-guia com sugestões de restaurantes e de atividades e passeios para o tempo livre. E cada criança também recebe de presente um kit personalizado com a temática do destino, para estimular seu envolvimento com a viagem.

Seja para as famílias convencionais, para as famílias que estão separadas ou as chamadas “famílias mosaico”, com suas diversas faixas etárias e filhos de outros casamentos, o importante é voltar para casa com a bagagem cheia de histórias e momentos que permanecerão para sempre em suas memórias. É isso o que acontece quando viajo com meus filhos e é isso o que quero motivar cada vez mais famílias a fazer. Por isso, estarei aqui no It Mãe todo mês dando dicas para você programar suas viagens em família com muita qualidade e diversão.

Até a próxima,

Claudine

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  • Claudine Blanco

    Mãe de dois e empresária da área de turismo há mais de uma década, já visitou mais de 30 países. É proprietária da agência Viajar com Crianças, especializada em viagens em família, onde uniu suas duas maiores paixões, ser mãe e viajar

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