Até quando a gestante pode viajar?


Dr. Domingos Mantelli
por: Dr. Domingos Mantelli
Médico especializado em Ginecologia e Obstetrícia

 

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As companhias aéreas, em geral, pedem atestado médico às grávidas (Foto: 123RF)

Estar grávida não é sinônimo de ficar em casa. Geralmente, o período mais indicado para viajar é o segundo trimestre. Nessa fase, com a gravidez estabilizada, há menos risco de aborto espontâneo, e a data prevista para o parto ainda está distante. Isso sem falar que os enjoos passaram e a barriguinha ainda não pesa tanto assim.

Nas viagens de avião, caso o voo seja muito longo, vale a pena usar meia elástica de moderada compressão para melhorar o retorno venoso, diminuindo assim, os inchaços das pernas. A medida é capaz de inibir a aparição de varizes na gestação. A cada duas ou três horas sentada, a recomendação é que a gestante se levante e ande pelo corredor da aeronave por pelo menos 15 minutos para ajudar a estimular a circulação sanguínea.

Além disso, é preciso levar roupas leves, sapatos confortáveis para os pés (que tendem a inchar) e uma almofada para a região lombar. Se possível, coloque na bagagem de mão os medicamentos que o seu obstetra indicar para aliviar desconfortos (enjoo, ressecamento das vias aéreas, dores de cabeça etc.). A maioria das companhias aéreas costumam pedir atestado médico às gestantes a partir de uma determinada fase da gravidez, por isso cheque esse detalhe antes de embarcar.

Já nas viagens de carro, a dica é a mesma: a cada duas horas, faça uma parada em local seguro e ande por 15 minutos para esticar as pernas e tomar água. A meia elástica normalmente não faz falta nesse caso. Em relação à alimentação, seja qual for o meio de transporte, o melhor é evitar comidas condimentadas ou de origem suspeita como de praxe. Você não quer interromper a folga para ir ao PS, certo?

E até quando dá para viajar? Depende. Em geral, os obstetras liberam as viagens até a 34ª semana, se estiver tudo bem com você e com o bebê. No caso de gravidez de gêmeos, até a 30ª, pois as chances de parto prematuro são maiores. Mas, há situações em que deixar a cidade está fora de cogitação – se a gestante tiver diabetes ou hipertensão, por exemplo. Seja como for, se você pretende viajar ao longo dos nove meses, converse com seu médico antes.

  • Dr. Domingos Mantelli

    Médico especializado em Ginecologia e Obstetrícia. Papai da Giulia e da Isabella. E autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra” e pai da Giulia

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