Amamentar dá fome: O que comer para se nutrir e produzir leite


Amanda Figueiredo
por: Amanda Figueiredo
Amanda Figueiredo (@nutriamandafig) é nutricionista clínica pela USP, especialista em saúde da mulher, gestantes e introdução alimentar.

Agosto é o mês do Agosto Dourado, um período dedicado à conscientização sobre a importância do aleitamento materno, um ato de amor, conexão e também de muita entrega física e emocional por parte da mulher. E se tem uma coisa que as mães que amamentam costumam relatar é: a fome aumenta (e muito).

Esse aumento do apetite tem uma explicação fisiológica: a produção de leite consome bastante energia do organismo da mãe. Estima-se que, por dia, ela gaste entre 500 e 700 calorias a mais para amamentar. Por isso, sentir mais fome nesse período é esperado. O que precisamos observar é como essa fome está sendo saciada.

Muitas vezes, pela exaustão ou pela falta de tempo (quem já teve um recém-nascido sabe!), a mãe recorre a lanches rápidos e pouco nutritivos. Mas escolher alimentos de qualidade é essencial não só para manter a saúde da mulher, como também para garantir um leite mais nutritivo para o bebê.

Alimentação na amamentação: Como matar a fome e nutrir de verdade

  • Coma de forma fracionada Prefira refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, com lanches nutritivos entre as principais refeições. Isso ajuda a manter a energia estável e evita picos de fome.
  • Capriche nas fontes de proteína Ovos, frango, peixe, carnes magras, queijos, iogurtes, grão-de-bico e lentilha são ótimas opções. A proteína é essencial para a recuperação do corpo no pós-parto e para a qualidade do leite.
  • Inclua boas gorduras Abacate, azeite de oliva, castanhas e sementes ajudam na saciedade e são importantes para o desenvolvimento neurológico do bebê.
  • Não esqueça dos carboidratos saudáveis Aveia, quinoa, arroz integral, tubérculos e frutas são fontes de energia de qualidade e ajudam a manter o pique durante o dia.
  • Beba água com frequência a hidratação é um dos pilares para uma boa produção de leite. Tenha sempre uma garrafinha por perto e se hidrate ao longo do dia, não só quando sentir sede.
  • Evite alimentos ultraprocessados biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes podem até ser práticos, mas têm pouco valor nutricional. E não sustentam por muito tempo!

Neste Agosto Dourado, que tal transformar o ato de se alimentar também em um gesto de amor e respeito com você mesma?

  • Amanda Figueiredo

    Nutricionista clínica pela USP, especialista em saúde da mulher, gestantes e introdução alimentar. Acredita que trabalhar com nutrição significa poder ajudar quem deseja se alimentar de maneira mais saudável e mostrar os impactos positivos dos bons hábitos. Também pensa que a alimentação saudável não precisa ser sacrificante; ela pode ser criativa e cheia de sabor, principalmente quando a incluímos desde a infância.

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