Mãe também toma vacina, sabia?


Malu Echeverria
por: Malu Echeverria
A carteira de vacinação do seu filho está em dia. Mas e a sua? (foto: Malu Echeverria)

Posso apostar que a caderneta de imunização da sua filha está completa. Mas e a sua? Sim, amiga, vacina também é coisa de adulto! É bem normal que, depois que o filho nasce, a gente acabe se esquecendo desse detalhe! O fato é que tomar vacina é muito importante não apenas para proteger a si mesma, mas também aos pequenos (sim, aquela história que a gente defende: mãe que se cuida, cuida melhor do filho). Como a última dose do calendário de vacinação infantil acontece aos 10 anos de idade, até lá eles não estão totalmente imunizados contra uma série de doenças. Isso significa que você e outros adultos ao redor dele podem transmiti-las às crianças, que além de tudo são mais vulneráveis aos sintomas.

Por isso, vale a pena pegar a sua caderneta lá do fundo do armário e atualizá-la. Muitas das vacinas, aliás, são oferecidas de graça nos postos de saúde. Veja quais são as vacinas recomendadas às mulheres adultas:

– Difteria e tétano (dupla) Mesmo que você a tenha tomado na infância, é preciso tomar um reforço a cada dez anos. Gratuita. Recomendada para a gestante caso ela tenha recebeido a última dose há mais de 5 anos;

Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) Uma dose entre 21 e 49 anos, mesmo se você já tiver tomado na infância. É recomendada principalmente para quem pretende engravidar, já que a rubéola pode causar aborto e outros problemas na gestação. Gratuita. É contraindicada para gestantes;

– Febre amarela Uma dose a cada dez anos para quem vive nas regiões endêmicas e também para quem vai visitar esses lugares. Gratuita. Mas gestantes só devem tomar com recomendação médica.

– Hepatite A, B ou A e B Com exame de sangue é possível saber que vacina você precisa. As doses podem ser duas (no caso da hepatite A) ou três (na caso da B ou A e B juntas). Disponível em clínicas particulares. Importante tomar para evitar pegar a doença, por exemplo, na manicure. Aliás, vale sempre conferir se todo o material usado foi esterilizado (ou levar o seu, de casa). A vacina contra a hepatite B é recomendada para gestantes; já a da hepatite A deve ser dada para gestantes somente com recomendação médica.

– Varicela (catapora) Duas doses, com intervalo de um a três meses entre elas, para quem não teve a doença. Disponível em clínicas particulares. É contraindicada para gestantes;

– HPV Você pode tomar apenas se você tiver até 26 anos. Indicada para a prevenção de infecções por papilomavírus. Existem duas vacinas disponíveis na rede privada. Uma delas imuniza contra os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV, aplicada no esquema 0-2-6 meses (ou seja, a segunda dose é feita dois meses após a primeira, já a última é feita seis meses após a segunda). A outra protege contra os tipos 16 e 18 e deve ser tomada no esquema 0-1-6 meses (a segunda dose deve ser tomada um mês depois da primeira, já a terceira, seis meses depois da segunda);

– Meningocócica conjugada Protege contra certos tipos de meningite. Uma dose. Disponível na rede privada. Grávidas só devem tomar com recomendação médica;

Influenza (gripe) Uma dose anual, protege contra três tipos de vírus, incluindo o H1N1 (que causa a gripe A). Disponível na rede pública apenas para crianças de 6 meses a 2 anos, grávidas, pessoas com imunodeficiências e idosos. Mas mesmo que você não esteja nesses grupos, vale a pena tomar para evitar pegar uma gripe pesada, especialmente no inverno. A vacina pode ser encontrada em clínicas particulares;

Um beijo,

Malu.

Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Imunizações.

 

  • Malu Echeverria

    Jornalista, mãe do Gael e redatora-chefe do It Mãe. Para ela, é essencial colocar a máscara de oxigênio primeiro na gente, depois na criança

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