Como organizar os trabalhos escolares


Isabel Malzoni
por: Isabel Malzoni

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Uma dica para diminuir a pilha é fotografar algumas das “obras de arte” e descartar o resto (foto: It Mãe)

Acabou o ano letivo. Chega a hora de decidir o que fazer com a pilha de trabalhos escolares que o seu filho trouxe casa. Dos desenhos dos pequenos às provas maiorzinhos, as “obras de arte” são inúmeras. Quem tem espaço vai acumulando – mas até quando? – e quem não tem, fica com receio de descartar e, mais adiante, sentir falta de tantas recordações. Para lhe ajudar com esse impasse e impedir que as lembranças virem tralha, conversamos com a expert em organização Ingrid Lisboa, da Home Organizer, que é colunista do It Mãe.

1) Jogue fora

Não é brincadeira: essa é a dica mais importante. “Não há como guardar tudo. Ao longo dos anos você terá caixas e caixas de papéis que perderam sentido e em algum momento, durante uma mudança talvez, você se verá tendo de olhar um a um. Já imaginou?”, explica Ingrid. O critério é escolher o que vai ficar, que deve ser especial, e não o que será jogado fora (todo o resto). Ou seja, guarde aquilo que tem um sentido afetivo, como alguns dos desenhos que tem a mãozinha dele e relatórios que contam a sua evolução.

2) Doe

Os livros que não serão utilizados no ano seguinte devem ser doados. Salvo algumas exceções do Ensino Médio, que poderão ser úteis para o vestibular, e os de literatura, eles perdem a utilidade para o seu filho. “Se ele for estudar saneamento básico de novo, será num outro nível de complexidade. Esse livro não será mais necessário”, diz Ingrid. Portanto, nada de “vai que…”

2) Comece hoje mesmo

Faça a organização ainda em dezembro, de preferência, assim que as aulas terminam. Se deixar para depois, há chances de outras arrumações ganharem prioridade.

3) Ou no ano que vem

Mas e o apego a tudo que essas coisas representam: a prova que ele se esforçou tanto para tirar nota boa, o desenho da família, o cartão de Dia das Mães? Se você sofre para dispensar esse material, tudo bem postergar para o ano que vem. Mas isso não significa deixar tudo acumular! Faça a limpa do material recebido no ano anterior, porque você já estará menos apegada a cada pedaço de papel e saberá separar o que é realmente importante.

4) Não crie espaço

“A gente investe tempo e dinheiro para criar espaço para guardar mais e mais, mas acaba ficando com um monte de coisas que vão perdendo o sentido”, explica Ingrid. A jornalista Daniela Torres, 36, mãe de três meninas, aprendeu isso conforme as filhas Isabella, 7, Gabriela, 5 e Juliana, 2, foram e, de uma vez por todas, ao mudar-se de país. Hoje, joga tudo fora. “Tenho três filhas. Se guardar a papelada de cada uma delas, fico sem espaço. No começo eu até guardava, mas logo percebi que nunca mais olhava aquelas caixas, então desencanei”.

5) Scrapbook, fotolivro ou pastas de computador

Ok, não precisa ser tão radical e descartar tudo. Mas o que fazer com o pouco que sobrou? Ingrid sugere escanear os papéis e fazer um fotolivro, que poderá ser folheado pela criança mais para frente, mostrado para os amigos (e não acabará mofado em uma caixa). Você pode também criar scrapbooks, adicionando ali também fotos e outras recordações daquele ano. Se não tem tempo para tanto, fotografe os trabalhos escolhidos e guarde-os em pastas virtuais no seu computador, o que já economiza bastante espaço!

  • Isabel Malzoni

    É jornalista e sócia da Editora Caixote, que publica livros infantis interativos, como Pequenos Grandes Contos de Verdade, finalista do Prêmio Jabuti. Mãe de Diego, divide-se entre os cuidados com o bebê, descobertas culinárias e muitos, muitos textos Isabel Malzoni é

Data da postagem: 17 de dezembro de 2015

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