Castigo: por que não funciona e quais as alternativas


Redação It Mãe
por: Redação It Mãe
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Castigo: por que não funciona e quais as alternativas It Mãe
(Foto: Reprodução / Deposit)

Quando falamos sobre a criação dos filhos, uma coisa que todos concordam é que algo tem que ser feito quando eles se comportam mal. Agora, a dúvida cruel é: colocar ou não de castigo? Qual é a atitude certa para o momento em que as crianças fazem alguma coisa errada? 

Aqui, você vai entender os motivos pelos quais castigar os filhos não é a melhor opção e o mais importante: qual é a melhor maneira de agir. 

O problema em castigar

Apesar da justificativa de muitos pais, que dizem que castigar é melhor do que bater, o castigo não é uma boa forma de disciplinar os filhos. E o motivo para isso, é mais simples e lógico do que parece: ele não surte o efeito desejado. 

Quando alguém castiga seu filho, a criança não necessariamente vai entender o que está acontecendo com ela. E, muitas vezes, a sensação que o castigo desperta não é o aprendizado, mas a raiva ou até uma vontade de vingança. 

Todo mundo já sentiu aquela sensação: agora que é proibido deu mais vontade de fazer. Não adianta negar. As crianças têm uma tendência ainda maior de seguir essa linha de pensamento. 

É completamente normal o pequeno ter uma atitude “mal educada” por motivos maiores do que estão demonstrando. Afinal, se tantos adultos sentem dificuldade em se comunicar, é compreensível que as crianças não consigam articular corretamente seus sentimentos e acabem “fazendo arte”. 

Só que a mensagem que o castigo passa, ao invés do diálogo e de tentar entender o que a criança está sentindo, é a contrária. Ela passa uma mensagem de “eu só quero você perto de mim quando você faz o que eu quero”. 

Isso não vai disciplinar. Muito pelo contrário, a criança acaba internalizando uma sensação de rejeição por nem sempre agir da forma como os pais esperam. 

As alternativas ao castigo

Cada situação e cada criança são diferentes, mas a questão principal é compreender o motivo por trás da malcriação. Para crianças mais velhas, o diálogo é essencial. Entenda que nada acontece sem um motivo e tente negociar o que tem de errado na convivência entre vocês. 

Pergunte, ouça o que ele está sentindo, e tente se colocar no lugar dela. Muitas crianças não entendem que os pais saem para o trabalho e começam a fazer malcriações para chamar atenção. Explicar o que está acontecendo e por que você não pode ficar com elas durante o dia inteiro, pode ajudar, e muito. 

Para crianças mais novas, até os 6 anos, uma boa estratégia pode ser mudar o foco da atitude que você quer disciplinar. Por exemplo, se a criança está pulando no sofá e escalando sua estante da sala, uma boa alternativa pode ser levá-la para fora, onde essa atitude não será um problema. 

O uso de fantoches e bichinhos para conversar com crianças pequenas também é bastante útil. Se a criança rabiscou seu piso, tente pegar um fantoche e chamá-la para participar do processo da limpeza, nas palavras dele. Depois, o fantoche pode explicar que lugar de desenho é no papel, e até desenhar junto por um tempo. 

Então, no caso do seu filho fazer algo inaceitável, tente oferecer a ele duas alternativas seguras, respeitosas e aceitáveis, e deixe que ele escolha o que ele vai fazer a partir daí. Ao receber duas opções, a criança pode manter algum controle sobre as suas decisões e ainda aprender sobre limites.

Pense em montar um “cantinho do relaxamento” em casa. Para que “dar um tempo” funcione de verdade, é necessário que isso seja algo que ajude todos a se acalmar, e não deixar os filhos assustados ou com medo. 

Monte um cantinho para relaxar

Um espaço de relaxamento é uma área onde os filhos podem ir se sentar e pensar, brincar com alguns brinquedos mais tranquilos, e ter algum espaço sozinhos, até que se sintam prontos para falar ou voltar a estar perto de outras pessoas. O uso do espaço do relaxamento deve ser oferecido como uma opção e não como uma ordem.

Lembre-se sempre que o melhor é mostrar que atitudes positivas vão mais longe do que as negativas. Isso causa um efeito muito mais saudável e duradouro para o desenvolvimento da criança, do que o medo em ser castigado!

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