O PEC das domésticas e as mães modernas
Ninguém conta para a gente que o bebê nasce e a barriga não vai embora no parto, ninguém conta quanto dóoooi amamentar. Ninguém conta coisas óbvias como, por exemplo: por certo tempo, o bebê vai depender única e exclusivamente de você: “mamãe” (e, de vez em quando, do pai).
Isso, sem dúvida nenhuma, para mulheres independentes que viajavam, encontravam amigas em happy hour, namoravam seus parceiros, malhavam em academia ou corriam aos finais de semana, frequentavam salões de beleza, trabalhavam horrores, pegavam baladas ou simplesmente se jogavam na cama a descansavam a hora que bem entendessem, é de-ses-pe-ra-dor!!!
Mas, o que fazer??!
Em uma análise rápida, logo percebemos que as avós podem até ficar aquela semaninha que nasceu o neto, mas depois… nem sempre agüentam o pique! Ou porque também estão no mercado de trabalho, ou se separaram de seus maridos e estão curtindo a vida com novo namorado, ou viajando com as amigas, ou porque, como estamos tendo filhos mais tarde, elas estão mais velhas e com menor disposição. Ou seja, não dá para contar com as vovós como antigamente, pois elas também mudaram!!!
Ok, sem problemas, pois mulheres modernas dão um jeito em tudo e, nesse caso, contratamos uma babá e pronto! Pois é, mas depois de muita procura percebe-se: cadê ela??? E quanto ela custa hoje??
Muito se tem falado, postado, comentado e divulgado nas redes sociais e mídias gerais que a profissão de babá, no Brasil, está em extinção. E agora, com o PEC das domésticas, contratar uma que durma e segure as pontas nos fins de semana ficou mais caro. Nos países desenvolvidos, onde as mulheres já estão no mercado de trabalho há mais tempo, essa realidade já existe faz tempo. Quem não pode pagar uma babá, fica com o combo mais comum por lá: escola em período integral (que são públicas e excelentes – estamos anos-luz distantes desse benefício no Brasil) e as baby-sitters, que atuam para suprir necessidades pontuais. Por aqui, vejo que a grande maioria das mulheres ainda sente a necessidade de alguém para “morar” e que folgue quinzenalmente. Quem busca esse padrão vai ter de se adaptar. E não tenho dúvidas de que toda mãe moderna tem capacidade de cuidar muito bem dos seus filhos. Contar com menos ajuda profissional e ficar mais tempo com os filhos vai ser a tendência. E mães e filhos só têm a ganhar com isso.
Por outro lado, não vamos abrir mão de ser as mulheres incríveis que somos. Não podemos deixar de trabalhar, de sair com o marido, de viajar, de encontrar as amigas… Cada uma de nós vai ter de achar sua nova fórmula para a difícil equação de ser uma mãe moderna. Escola em período integral ou semi-integral? Home office? Trabalhar meio período? A vida vai precisar de alguns ajustes e vale repensar no que será mais viável. E assim vamos cumprir nosso papel de mãe contemporânea – que ama os filhos e morre por eles -, mas que é, antes de tudo, um ser individual, que merece ser feliz de maneira completa.
bjs
Taluana Adjuto
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