Anticoncepcional depois da gravidez


Malu Echeverria
por: Malu Echeverria
Vale a pena considerar outras opções de contraceptivos após a gravidez (Foto: It Mãe) Vale a pena considerar outras opções de contraceptivos após a gravidez (Foto: It Mãe)

 

A gravidez é uma transformação e tanto, na vida e no corpo da mulher. É natural, portanto, que você considere mudar o método contraceptivo após ter se tornado mãe. Logo após o parto, obviamente, a última coisa em em que pensamos é sexo. Não só por causa do cansaço, mas também por conta da ação da prolactina, hormônio associado à amamentação que influencia a libido da mulher. Mas assim que passar o período do resguarde, que dura cerca de 40 dias, e o casal já estiver liberado para ter relações sexuais, é hora de conversar novamente com o ginecologista sobre anticoncepção.

Mas e aquela história de quem está amamentando não engravida? De acordo com o ginecologista e obstetra Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano de São Paulo, enquanto amamenta, a mulher dificilmente ovula. E, por consequência, também não menstrua nessa fase. Acontece que esse intervalo pode variar a cada organismo, pois depende do quanto a mãe está amamentando. Para não ter nenhuma surpresa, então, o ideal é usar algum método contraceptivo assim que você voltar a transar. No período de amamentação, aliás, os anticoncepcionais mais indicados são os que contêm somente progesterona, já que outros hormônios das pílulas tradicionais interferem na do leite materno. Além dos métodos hormonais (pílula, injeção, implante subdérmico e um dos tipos de DIU), claro, há também os de barreira, ou seja, camisinha e diafragma.

Não raro, os ginecologistas costumam recomendar o DIU às mulheres que se tornaram mães. Há dois modelos no mercado. O mais antigo, feito de cobre, modifica o muco cervical, tornando o útero um ambiente hostil para o espermatozoide, o que inibe a gravidez. Já o modelo mais moderno libera hormônios com a mesma função, mas que também interferem no crescimento do endométrio (camada que reveste o útero internamente). “Antigamente, acreditava-se que caso a mulher tivesse uma infecção pélvica por causa do DIU, poderia se tornar estéril. Então, se ela já tivesse filhos o problema teria uma repercussão menor”, diz Ogeda. Mas hoje o dispositivo não aumenta de forma significativa o risco. No quesito praticidade, o DIU ganha de todos os outros métodos, já que o de cobre (de R$500 a R$ 1.000) tem duração de 10 anos e o hormonal (de R$ 1.400 a R$ 1.800) , de 5 anos. Para quem pretende ter outro filho logo, então, não vale o investimento. Nesse caso, outro contraceptivo bem prático é o anel vaginal, que é trocado somente após 21 dias.

Mas se você pretende manter a boa e velha pílula, uma dica para não esquecê-la por causa da correria do dia a dia de quem tem filhos: aplicativos de celular, como o Hora da Pílula (grátis) e o iOvulation (US$ 0,99), podem ajudar.

  • Malu Echeverria

    Jornalista, mãe do Gael e redatora-chefe do It Mãe. Para ela, é essencial colocar a máscara de oxigênio primeiro na gente, depois na criança

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