Mãe no trabalho: 3 dicas para reposicionar sua imagem profissional


Camila Del Rio
por: Camila Del Rio
Consultora de imagem e estilo, apaixonada por moda e autoconhecimento

Depois da licença-maternidade ou de anos dedicados à rotina familiar, muitas mulheres voltam ao mercado com um armário funcional, mas sem força.

Não estou falando sobre “o que vestir para trabalhar”, mas sim sobre você ser estratégica nisso. Afinal, com a vida mais corrida e dividida entre filho e trabalho, você tem que fazer valer cada segundo. E uma imagem profissional bem pensada trabalha a seu favor, sem você precisar dizer uma palavra. Aliás, o contrário é verdadeiro: uma imagem que não transmite o que você quer passar, pode atrapalhar bastante seu plano de sucesso e ascensão profissional.

Portanto, vou ajudar você aqui a saber o que vestir para:

• Ser lida como pronta para o próximo cargo.

• Transmitir autoridade, sem parecer dura.

• Ser percebida como estratégica, atualizada e presente.

Semana passada trouxe alguns códigos visuais frequentemente lidos no ambiente corporativo. E agora, trago 3 caminhos reais que vão auxiliar você a reposicionar sua imagem profissional.

1- Revise seu guarda-roupa como se fosse um portfólio visual

Não basta ter um guarda-roupa organizado, ele precisa trabalhar por você.

Pense nele como uma apresentação silenciosa e constante sobre quem você é no ambiente profissional.

 O que avaliar com olhar estratégico?

• Redundância: 10 blusas brancas iguais comunicam falta de atualização ou medo de arriscar.

• Roupas que “não incomodam”, mas também não fazem você ser notada. Isso é um risco silencioso.

• Peças com estética desatualizada ou infantilizada: saias rodadas, estampas lúdicas, cortes ultrapassados podem comprometer sua autoridade sem que você perceba.

 Como analisar de forma prática:

• Pendure as roupas que você usaria para uma reunião de promoção.

• Pendure as roupas que você costuma usar para trabalhar no dia a dia.

• Compare. O que essas roupas estão comunicando de diferente? O que falta de intenção, presença ou refinamento?

Se o armário não reflete a fase profissional que você deseja ocupar, ele está sabotando silenciosamente seu posicionamento.

2- Crie uma paleta que sustente sua intenção

A cor é um dos elementos mais subestimados no vestir corporativo. E também um dos mais poderosos.

Não basta “gostar da cor”. É preciso saber o que ela comunica, e se sustenta sua autoridade, a clareza da sua fala, o impacto da sua presença.

Paleta não é sobre “tons que combinam entre si”. É sobre consistência, identidade e sofisticação visual.

Caminhos para construir sua paleta estratégica:

• Escolha 2 a 3 tons “base” para estrutura visual: azul-marinho, cinza médio, areia, off-white, verde petróleo, marrom-chocolate. Evite depender do preto puro: ele é um coringa, mas também pode endurecer e criar distanciamento se mal utilizado.

• Adicione 2 “cores de assinatura”: tons que te tragam presença e memória visual (ex: um lavanda fechado, um verde oliva, um vinho queimado, um azul céu).

• Aplique com intenção: use tons mais escuros e densos para sustentar autoridade, tons claros para conversas colaborativas, tons vivos pontualmente para marcar.

A cor bem aplicada é um código de liderança visual. E liderança, no vestir, começa no olhar.

3- Construa uma assinatura visual que represente sua próxima fase

Uma assinatura visual não é um look fixo ou uniforme forçado. É um conjunto de elementos intencionais que passam a criar coerência, leitura de marca pessoal e reconhecimento.

Elementos que compõem uma assinatura visual eficaz:

• Silhuetas dominantes: alfaiataria leve, vestidos retos com caimento, camisas fluidas.

• Detalhes recorrentes: decotes estruturados, uso de assimetria, mangas diferenciadas, punhos marcados, abotoamentos visíveis.

• Elementos gráficos ou texturas que quebram a monotonia com elegância: couro liso, tecidos encorpados, tweed moderno, viscose de alta gramatura.

• Acessórios pontuais, mas intencionais: um brinco de presença, um relógio marcante, um sapato autoral.

 O truque é escolher o que sustenta sua mensagem, não o que só “orna”.

A sua imagem pode ser neutra e passiva ou visualmente precisa, memorável e posicionada.

Vestir-se bem no trabalho não é um elogio. É um argumento. E argumentos visuais bem construídos valem capital simbólico, e financeiro.

Com amor,

  • Camila Del Rio

    Consultora de imagem e estilo, formada pela Belas Artes - SP. É formada em Turismo e Moda, atuou muitos anos no ramo têxtil. Hoje estuda Psicologia da Autoimagem. Praticante de atividades físicas, tem paixão pelo Yoga e pelo autoconhecimento. Casada com o Rafa. Juntos, têm 4 afilhados lindos. Seu lugar preferido é perto do mar.

Data da postagem: 5 de novembro de 2025

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