Alojamento conjunto: sim ou não?
O alojamento conjunto favorece o vínculo entre mãe e bebê desde cedo, segundo especialistas (Foto: Freeimages)
Não é lei nem obrigatório. Mas recentemente o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial uma nova portaria que recomenda aos serviços de saúde, públicos e privados, a permanência do recém-nascido sadio junto da mãe por pelo menos 24 horas depois do parto. Com a nova diretriz, a discussão sobre alojamento conjunto volta à pauta.
A prática não é uma novidade em muitos hospitais e maternidades, mas o assunto ainda gera divergências. Após dar à luz, mãe e bebê que ficam juntos no mesmo quarto (ou baia de enfermaria) em tempo integral até o momento da alta, desde que ambos estejam em condições de saúde estáveis, ganham vários benefícios:
– estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho;
– propiciar a interação do pai e outros membros da família com o recém-nascido;
– estimular o aleitamento materno;
– ensinar os primeiros cuidados do recém-nascido com a ajuda de equipe especializada;
– diminuir o risco de infecção em berçários.
“O alojamento conjunto gera um impacto importante emocionalmente e fisiologicamente à mãe e ao bebê. É desejável quando há todas as condições clínicas e deve ser incentivado. Mas ainda há resistência de algumas parturientes em ficar com o filho o tempo todo no quarto, o que precisamos respeitar”, conta a pediatra Érica Santos, gerente médica materno-infantil do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Mas por que nem todas as mães querem aderir, então? Ter um tempo para se recuperar e descansar antes de ir para casa é a justificativa mais comum entre as que preferem manter os cuidados do bebê no berçário. Não vamos julgar ninguém, afinal, sabemos do trabalho que dá atender o bebê nesses primeiros dias de recuperação após o parto. O mais importante é saber que a opção do alojamento conjunto existe e, assim, escolher a forma que vai deixar você confortável, menos ansiosa e com mais segurança para essa iniciar essa nova fase.