Vale a pena fazer Previdência Privada quando você é mãe?
Quando nos tornamos mães, a forma de enxergar o futuro muda. Passamos a pensar não apenas em nós mesmas, mas em como garantir segurança e tranquilidade para os nossos filhos. É nesse cenário que surge uma pergunta recorrente: “Vale a pena fazer uma previdência privada?”
A previdência privada promete estabilidade financeira a longo prazo, complementando o INSS e ajudando na construção de uma renda extra no futuro. Mas, quando pesquisamos, encontramos um mar de opiniões divergentes: algumas mulheres enxergam como solução prática, outras ficam confusas com tantas informações desencontradas, e muitas sequer sabem por onde começar.
O que vejo é que esse tema foi simplificado em “pílulas de conteúdo” que, muitas vezes, acabam se transformando em meias verdades. E, quando o assunto é cuidar do futuro financeiro da família, precisamos ir além da superficialidade.
Aqui estão seis pontos que você precisa saber sobre previdência privada para tomar sua decisão:
1- Imposto menor agora, benefício maior no futuro
Para mulheres que têm renda tributável — seja salário, pró-labore, honorários ou aluguel —, a modalidade PGBL pode reduzir o imposto a pagar hoje e ainda devolver parte desse valor na restituição anual. Na prática, você deixa de pagar a alíquota atual (que pode chegar a 27,5%) para pagar apenas 10% depois de 10 anos.
Outro detalhe importante: fundos de previdência não sofrem com o chamado “come-cotas”, aquele desconto semestral que diminui o efeito dos juros compostos. Esse é um diferencial poderoso para o crescimento do patrimônio no longo prazo.
2- Previdência pode evitar inventário
Um ponto pouco falado: a previdência privada também funciona como ferramenta de sucessão patrimonial. Ela permite indicar beneficiários que terão acesso direto ao recurso, sem inventário — menos burocracia e mais rapidez no recebimento.
Vale lembrar: essa é a lei vigente na maioria dos Estados e, como toda lei, pode sofrer alterações. Por isso, é essencial acompanhar com um especialista para garantir que o planejamento continue adequado.
E um detalhe importante: não faz sentido contratar previdência em nome dos filhos menores. Primeiro, porque eles já podem ser beneficiários exclusivos; segundo, porque esse produto deve ser tratado como planejamento familiar estratégico, em que os pais decidem. Isso preserva o poder de decisão e garante que o recurso seja usado de forma responsável no momento certo.
3- Taxas menores e fundos mais diversificados
Os planos de previdência já não são os mesmos de anos atrás. Hoje, contam com taxas muito menores e uma gama maior de fundos disponíveis, o que permite diversificação e mais potencial de rentabilidade.
Não é investimento milagroso, mas pode ser uma peça sólida dentro de uma estratégia maior — especialmente por ser regulado e fiscalizado, trazendo segurança adicional.
4- INSS não garante padrão de vida
Talvez o ponto mais sensível: não depender apenas da previdência social. Afinal, sabemos bem que o INSS, na prática, pode significar “Isso Nunca Será Suficiente” para manter o padrão de vida que desejamos para nós e nossos filhos no futuro.
5- O momento certo para investir (ou rever)
A previdência privada tem vantagens, mas não é para todo momento da vida. Não deve ser prioridade se você ainda está formando sua reserva de emergência ou precisa de liquidez no curto prazo.
É um investimento de longo prazo e, por isso, precisa começar no timing certo. Também pode chegar a hora de “desprevidenciar” — rever a estratégia e ajustar a carteira de acordo com novas fases da vida.
6- Parte da estratégia, não o todo
A previdência privada não deve ser vista como solução única, mas como parte de um planejamento financeiro maior. Usada com inteligência, pode se tornar um instrumento valioso para proteger o futuro da sua família — especialmente dos seus filhos.









