Pais superprotetores: quais são as consequências?
Pais superprotetores se tratam, normalmente, de um assunto particularmente difícil de ser conversado – muitas vezes porque eles mesmos não conseguem admitir que estão exagerando nos cuidados com os pequenos. Ou, ainda, até percebem o fato, mas encontram mil e uma justificativas para continuar agindo de tal forma.
Mas, é preciso entender que a superproteção é tão prejudicial quanto dar muita liberdade para os filhos. Afinal, dessa maneira, eles não experienciam o mundo, as frustrações e outros sentimentos e emoções necessários para se tornarem jovens e adultos preparados para a vida não tão perto dos pais.
Para as gerações passadas, brincar na rua era algo comum, assim como ficar descalço em casa e tomar banho de chuva, por exemplo. Hoje, já não funciona mais dessa forma. Seja pelos perigos iminentes, ou por medo de contrair doenças, as atitudes das crianças são muito podadas pelos pais.
Qualquer ventinho já coloca casaco, qualquer garoa fininha já corre para dentro de casa, não deixa brincar de nada, não deixa fazer nada sozinho… É claro que bebês com dias de vida necessitam de proteção e cuidados extras. Mas, com o passar do tempo, como abrir mão disso e dar mais espaço para que tenham suas próprias experiências e aprendizados?
É realmente difícil! Por isso, esse tema vale muita reflexão!
Como os pais superprotetores lidam com o crescimento dos filhos
Conforme os pequenos crescem, nós, pais e mães, precisamos entender que eles precisam do próprio espaço justamente para desenvolverem suas próprias personalidades, habilidades e costumes.
Os pais superprotetores devem aprender a não pensar pelos filhos, tomar todas as decisões por eles e nem ajudá-los em absolutamente tudo. Se nós sempre ajudamos o bebê a encaixar cada bloco dentro da sua própria forma, por exemplo, quanto tempo mais ele vai levar para fazer isso sozinho?
Pais não são eternos. E quanto mais protegermos os nossos filhos, mais tendência eles têm de desenvolverem medos e insegurança. Muitas vezes, eles também tendem a entender que não existem consequências para os seus atos. Afinal, há sempre alguém logo atrás deles para resolver o que for preciso.
A independência equilibrada é a melhor solução. Ou seja, que eles possam se virar, mas vamos estar sempre por perto, disponíveis quando eles precisarem de um conselho, de um abraço, ou de alguma ajuda que realmente seja necessária.
Deve-se, sempre, calcular os riscos por eles – enquanto eles não tem idade e maturidade suficientes para fazer isso por si próprios. Quando alguma situação for realmente perigosa, é claro que é necessário intervir. No entanto, na maioria das situações cotidianas na vida de um bebê ou de uma criança, é muito importante dar espaço para que eles usem seu raciocínio lógico, para que eles pensem, aprendam e evoluam.
Qual a sua opinião sobre os pais superprotetores?