Os dois lados de trabalhar em casa


Daniela Folloni
por: Daniela Folloni
Jornalista fundadora e diretora de conteúdo do Portal It Mãe
Ok, nem sempre esta placa é respeitada… (foto: Daniela Folloni)

 

Quando comecei a trabalhar em home office, ganhei sim, mais flexibilidade para ficar com os meus filhos. Mas isso não quer dizer que passei a cuidar deles em tempo integral. Acho simplesmente impossível dar conta das demandas do trabalho (seja do seu próprio negócio, seja de uma empresa) sendo solicitada a todo momento pelas crianças. “Mamãe, posso sentar no seu colo?”, “Mamãe, como é que escreve a letra P?”, “Mamãããe, ele me bateu”. “Mamããããããe, ela pegou meu carrinho!” Gente, eu confesso que tentei algumas vezes liberar a porta do escritório, mas foi um caos. Uma vez, bastou um descuido  para o Felipe, que estava com menos de 2 anos, desconfigurar o meu computador em um (só um!) minuto!

 

Então, o lugar de trabalho tem que ser… um lugar de trabalho. De preferência, precisa ter porta e ficar relativamente longe do espaço onde as crianças brincam. Assim você não corre o risco de se desconcentrar a cada barulho diferente. Tem também os contatos profissionais que precisam continuar sendo profissionais (cá pra nós, choro de criança ao fundo não é a melhor trilha sonora durante uma reunião no Skype!).

 

Para conseguir ter sucesso em home office, você precisa entrar no modo trabalho. E – tentar – esquecer que as crianças estão ali do lado. É essencial ter um período de concentração máxima (quando eles estão na escola ou com a babá ou com a vovó). Mãe que trabalha precisa de ajuda para cuidar dos filhos. Não dá para ser tudo ao mesmo tempo agora. Nem mesmo em home office!

 

Também acho importante ter um ritual para entrar no “modo trabalho”. Por exemplo, não fico de pijama para trabalhar em casa. Mesmo porque, às vezes, rola algum evento ou reunião no meio do dia e fica mais prático se já estou pronta para sair. Além disso, o dress code profissional virou um jeito de estabelecer para mim mesma e para as crianças que meu momento de trabalho começou. Ok, confesso,  às vezes passo o dia de havaianas. Mas um corretivo básico sempre cai bem!

 

Por outro lado, não acho que faz sentido me isolar o dia inteiro e não curtir nem um pouquinho a rotina das crianças. Então, programo umas brechas para tomar um lanche com eles e aproveitar para esticar as pernas e desanuviar um pouco. No começo, é complicado achar um meio termo, porque criança quer atenção (e quanto mais melhor!), mas aos poucos, dá para estabelecer uma nova rotina – nem tão longe, nem tão perto do filhote – e fazer todo mundo entrar no esquema de um jeito feliz.

Um beijo,

Dani Folloni

 

  • Daniela Folloni

    Jornalista, mãe de Isabela e Felipe, trabalhou nas revistas Vogue, Cosmopolitan e Claudia. Acredita que toda mãe merece sucesso, diversão, romance e oito horas de sono

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