O que meu filho me ensinou sobre liderança


Daniela Folloni
por: Daniela Folloni
Jornalista fundadora e diretora de conteúdo do Portal It Mãe

Pedro, que hoje já tem 18 anos, com Priscilla na formatura dela da faculdade de psicologia. Companheiro da carreira da mãe! (foto: arquivo pessoal)

Muita gente costuma achar que vida profissional não combina com ter filhos. E que o sucesso fica mais difícil quando a gente vira mãe. Priscilla de Sá, mãe do Pedro, coach e palestrante em liderança feminina, mostra que não é bem por aí. Aqui neste texto ela conta como a maternidade a ajudou a ser uma profissional ainda melhor!

“Padecer no paraíso é a primeira opção de busca que o Google oferece ao se digitar ser mãe é na barra de pesquisa. Infelizmente, a visão da maternidade como martírio, quando não nos mantém empacadas no dilema carreira versus filhos, impede-nos de reconhecer os ganhos que ser mãe traz ao currículo.

Longe de mim recomendar a maternidade sem recursos. Engravidar solteira, aos 19 anos, no 1º semestre de faculdade, órfã de pai e responsável por uma mãe com problemas psiquiátricos, nem sempre foi fácil, mas preferi exercitar um olhar diferente.

A crença de que os filhos vêm com as características que precisamos desenvolver para liberar todo o nosso potencial ganhou o reforço das lições que aprendi como mãe do Pedro, hoje estudante de Administração e trainee de Marketing:

1- Parar de microgerenciar

A dificuldade em conciliar carreira e filhos vem da teimosia em gravar nossa assinatura nas mínimas tarefas. Ele tinha 3 meses quando o deixei na creche para poder cursar a faculdade e não achei graça quando ele falou o nome da tia da cantina antes do meu, mas aprendi a encarar a escola como parceira, já que ele voltava sorridente, cheiroso, sem cólicas e dormindo noites inteiras.

Como apliquei a experiência à vida profissional? Em 1995, eu era uma empreendedora iniciante, administrando um jornal sozinha. Quando deixei a ilusão da polivalência, deleguei a publicidade e a distribuição para me concentrar na parte editorial. Logo, os resultados vieram e, com eles, mais tempo de qualidade com meu bebê.

2- Engajar

Muitas líderes querem enfrentar as crises sozinhas e, a fim de blindar os colaboradores, acabam por afastá-los. Percebi que meu filho encarava melhor as fases de contenção de despesas e viagens a trabalho, se eu explicasse o porquê da privação temporária. A estratégia também funcionou com a minha equipe de RH: prover uma visão clara da situação e uma perspectiva animadora me ajudou a conquistar aliados.

3- Atrever-se

Enquanto cursava Coaching, resolvi testar algumas ferramentas com o Pedro, na época com 14 anos. A resposta foi tão positiva, que me levou a criar um programa específico para adolescentes, o que rendeu treinamentos fora do país e a alegria de ajudar centenas de jovens a encontrar um propósito. Hoje, se estou insegura frente a um novo projeto, ele me provoca: “por que não daria certo?”

4- Dinheiro é bacana

O impacto da maternidade sobre a minha prosperidade não se restringiu à premência de ter um filho para criar. Além de ser o responsável pela cobrança da minha empresa, quase sempre ele me empresta uns trocados e me ensina algo sobre planejamento.

 

A segunda opção do Google para ser mãe é corresponde a uma dádiva de Deus. Pelas razões que você acabou de ler e tantas outras que não caberiam aqui, esta foi a definição que escolhi. Convido você a se abrir para as lições que um filho pode dar sobre sucesso e, principalmente, sobre você mesma.”

 

 

  • Daniela Folloni

    Jornalista, mãe de Isabela e Felipe, trabalhou nas revistas Vogue, Cosmopolitan e Claudia. Acredita que toda mãe merece sucesso, diversão, romance e oito horas de sono

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