Mom Shaming: uma péssima mãe ou uma mãe real?
A sensação crescente de culpa entre as mães é um assunto que tem estado bastante em pauta ultimamente. Inúmeras celebridades, como a Sabrina Sato e a Sandy, por exemplo, têm conversado sobre o assunto publicamente, colocando o tema em discussão. E o termo apropriado para isso é o Mom Shaming.
Atualmente as mulheres têm sido bombardeadas de opiniões alheias. Não que nunca tenham sido alvo de críticas desde o início dos tempos, mas a evolução do ambiente online e das redes sociais ampliaram todo tipo de discórdia. E as escolhas feitas por quem está criando os filhos está entre as primeiras.
“Que tipo de escola coloco meu filho?”, “Qual alimentação é mais saudável?”, “Devo deixá-lo brincar com o tablet?”, “Quais roupas eu devo comprar?”. Estas são só algumas das questões que têm sido levantadas por uma multidão de pessoas.
Mas o Mom Shaming é ainda mais profundo. Vemos relatos constantemente de mães sendo repreendidas por desconhecidos em lugares públicos por motivos surpreendentes. Deixar o filho escolher um doce ao invés de uma fruta no supermercado, postar (ou não) suas fotos nas redes sociais, usar (ou não) meias no calor, segurá-lo muito (ou pouco) tempo no colo, e por aí vai.
Além da pergunta óbvia do “o que você tem a ver com isso?”, vai outra pergunta: por que não existe o Dad Shaming? Qual é o motivo que torna aceitável uma mãe ser recriminada por sua atitude, enquanto homens são vistos como “bons pais” e “pais carinhosos”, muitas vezes, somente por serem vistos carregando seus bebês no colo? Machismo estrutural é o motivo.
Basicamente, o machismo estrutural coloca nos ombros femininos toda a responsabilidade pelo cuidado da casa e da família, tirando toda sua escolha de vida pessoal. Isso para nem começar a falar sobre mulheres que escolhem não casar ou não ter filhos.
Ainda em 2019 é aceito socialmente que a mulher tem o dever de se portar de uma certa maneira e criar seus filhos de um modo específico. E o nosso dever é de dar um ponto final a este quadro.
Portanto, não aceite julgamentos de terceiros, desconhecidos ou não. Você é quem manda na forma como escolhe viver sua vida e criar sua família. Seja feliz e curta cada momento da sua maternidade, e nunca tenha vergonha de falar sobre os momentos difíceis e de pedir ajuda!