Sem babá, mais perto dos filhos
Não ter babá é maluquice para algumas mães, ato de coragem para outras, a coisa mais normal do mundo para outras tantas. Para mim é uma questão de fase e de escolha. Quando as crianças tinham babá, foi ótimo. Elas amam a ex-babá que até hoje vem cuidar deles de vez em quando. Achei maravilhoso ter babá na licença-maternidade para poder dormir entre as mamadas enquanto meu filhote estava em boas mãos. Mas não ter babá também é ótimo, principalmente pelas dores e delícias de conviver intensamente com os filhos.
Não ter babá é ter disposição para mediar brigas (quando você tem mais de um filho, isso vira o desafio número 1). É ver a sua paciência se multiplicar por dez (ou não e ter vontade de sair correndo!). É perceber que seu filho está pegando o seu jeito de falar e se espelhando em você (é gostoso isso!). Dizer muito mais vezes: “Não pode!”. Dizer muito mais vezes: “Eu te amo!” (porque você acaba tendo mais oportunidades para isso). É não aguentar mais trocar fraldas, mas também acompanhar de perto todo o processo de desfralde.
É intenso, mas ao mesmo tempo traz uma tranquilidade de estar presente. É recorrer mais aos avós, tios, madrinhas para ficar com as crianças (porque você continua precisando trabalhar, namorar, viajar….). É recorrer a uma baby sitter de vez em quando. É ver como seu estado emocional reflete automaticamente nas crianças. Para o bem e para o mal. É precisar desesperadamente de um jantarzinho a dois, mas também se acostumar tanto a ficar com as crianças a ponto de cogitar trocar a viagem de “quarta lua de mel” por mais uma viagem em família. É se achar meio maluca, meio corajosa, mas também ver que é a coisa mais normal do mundo. Afinal, algo lá dentro da gente nos torna capazes de criar e entender nossos filhos melhor do que qualquer outra pessoa. E é muito bom saber disso.
Um beijo,
Dani Folloni