A justiça que os filhos nos ensinam
Entre tapas e beijos. É assim que vejo a convivência dos meus dois pequenos. Bela, de 5 anos e o Felipe, de 3. Eles se amam, se protegem, se preocupam um com o outro e brincam muito juntos. Mas também se estranham, se batem e vêm chorar: “Mamãããe, o Fe me bateu!”, “Mamãããe a Bela me bateu”. E então é preciso entrar em cena para mediar o conflito.
Estou na fase de testes em busca de perceber qual é a melhor maneira de fazer a conciliação. O primeiro desafio é o de ser justa. Mas como saber quem começou de fato a provocação? Quando o Fe era menor, eu acabava apelando para a frase que, como irmã mais velha, ouvi muito na infância: “Ele é um bebê, ainda não entende, filha…” Hoje, já me policio para não usar mais esse recurso. O Fe já sabe muito bem o que faz. Então, eles estão em pé de igualdade por aqui. Resta mediar, explicar e dar sempre aquela atenção especial para que eles entendam que eu me preocupo de verdade com os dois e que acho importante que sejam amigos. Há dias em que eu experimento a técnica do “resolvam sozinhos” e me surpreendo quando eles param de brigar e começam a conversar. Sim, às vezes, jogar a responsabilidade para a duplinha funciona.
Se é exaustivo mediar conflitos dos filhos? Claro que é! Mas também é lindo ver que eles vão aprendendo o senso de justiça, aprendendo a cuidar um do outro e curtir a companhia e a amizade do irmão.
beijos
Dani Folloni