Elas mudaram do Brasil… com filhos pequenos


Daniela Folloni
por: Daniela Folloni
Jornalista fundadora e diretora de conteúdo do Portal It Mãe

São inúmeras as razões que levam as famílias brasileiras a se mudarem para outro país:  transferência de emprego, busca por mais segurança, vivenciar uma nova cultura…  Conheça algumas mães que já vivem no exterior e saiba como elas se organizaram para tomar esse grande passo e garantir a adaptação das crianças.

A psicóloga Taluana Adjuto, dona da agência de babás Elite Care e mãe de Ayron, seis anos, e Leonna, três, mora desde fevereiro com os filhos e o marido em Miami. Porém, o casal já pensava em se mudar do Brasil mesmo antes dos pequenos nascerem, por questões de segurança. “Pensava nisso há 10 anos, mas a decisão definitiva veio em outubro de 2013, e para nos informamos melhor, visitamos um evento sobre investimento e imóveis, entramos em contato com advogados e corretores e nos mudamos”, diz.

Para escolher onde Ayron iria estudar, ela consultou o ranking das escolas da região. “Você tem que obrigatoriamente matricular a criança no bairro em que ela mora”, explica.  Taluana também contou que a escola exigiu dois formulários de um pediatra local com avaliação da saúde do pequeno.

Bem adaptada, Carla Racy, diretora da escola infantil Tiny People Bilingual School e mãe de Lara, 7 anos, e Liz, cinco, está em Londres com a família há três anos. Ela e o marido começaram a pesquisar mais sobre a cidade pela internet oito meses antes da mudança. “Comparo a mudança de país praticamente com um renascimento porque tudo o que você tinha num país tem que ser totalmente refeito, revisto, reajustado no novo país. Mesmo as coisas mais básicas”, diz.

As filhas de Carla. A família mudou para Londres há três anos (foto: arquivo pessoal) As filhas de Carla. A família mudou para Londres há três anos (foto: arquivo pessoal)

 

Antes da mudança definitiva, a família passou um mês na cidade, em uma casa de férias alugada. “Durante os primeiros 15 dias alternamos visitas a bairros que tínhamos interesse, com passeios pela cidade. Esta foi uma forma das crianças começarem a se familiarizar”, conta. “Quando escolhemos o bairro em que viveríamos, a segunda parte da viagem foi dedicada a conhecer as ruas, nomes de imobiliárias e a busca de uma casa para ficar em definitivo. Voltamos para o Brasil com o processo de aluguel da nossa casa já engatilhado”.

E o que Carla viu de mais positivo na troca de país? “Sentimos que o melhor da mudança é que ela fortalece muito a unidade familiar. O fato de não ter tantos compromissos fora, sobra mais tempo para ficar em casa, ver seus filhos crescer, participar… sem medo de violência”, explica Carla, afirmando que o esforço para a adaptação valeram a pena.

Os pais precisam estar atentos também ao calendário escolar, que pode ser diferente do brasileiro. Na América Central, do Norte e Europa, por exemplo, as aulas começam em setembro – e não em janeiro. Essa diferença foi uma das preocupações levantadas por Danielle Panissa, diretora de marketing da P&G, que está de malas prontas para embarcar rumo ao novo país que vai morar com a família, o Panamá. Ela e o marido, que é piloto da TAM, escolheram o local por ter sede das empresas em que trabalham.

Danielle fez questão de levar uma babá com eles em vez de contratar uma pessoa ao chegar no país. Ela é mãe de Giovanna, de cinco anos, e Pedro, de dois. “Sei que esse serviço é mais barato lá, mas como eu e meu marido viajamos muito, é fundamental ter alguém de confiança para ficar com os meus filhos”, conta Danielle, que teve que correr atrás de um visto específico para levar a babá com eles.

Danielle escolheu (foto: arquivo pessoal) Danielle preferiu levar a babá junto para o Panamá (foto: arquivo pessoal)

 

Com planos de mudar de país?

Fique atenta às leis e legislações do local escolhido e quais são os documentos necessários. A primeira coisa que a família deve tomar conhecimento são as exigências relacionadas a saúde e educação das crianças. “Alguns países, como os Estados Unidos, exigem uma lista de vacinas específicas para uma criança que será residente, por exemplo, e as escolas também podem pedir os comprovantes desses cuidados médicos”, explica Bruna Leite, advogada especialista em direito internacional. A hora de escolher a escola também merece atenção. “Em algumas cidades, a criança deve estudar obrigatoriamente no mesmo bairro, portanto, vale pesquisar antes de escolher a localidade da residência”, diz Bruna.

  • Daniela Folloni

    Jornalista, mãe de Isabela e Felipe, trabalhou nas revistas Vogue, Cosmopolitan e Claudia. Acredita que toda mãe merece sucesso, diversão, romance e oito horas de sono

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