Quantos cursos extracurriculares uma criança deve fazer?
Começaram, oficialmente, as aulas, tanto da escola quanto nos cursos extracurriculares. Muitas atividades do chamado contraturno, aliás, são oferecidas pela própria escola. Das tradicionais aulas de esportes, danças e idiomas aos cursos de circo, música e teatro, as ofertas são inúmeras. Mas, ainda que você e seu filho sejam atraídos por várias delas, não dá para exagerar. Para a educadora e psicóloga Clarice Kunsch, a experiência além da escola é válida, especialmente pela oportunidade da criança aprender coisas novas e conviver com seus pares. “No entanto, a maior parte da sua rotina deve ser livre para que ela possa brincar, ir à casa de amigos e vice-versa, dormir, descansar e até mesmo ajudar em casa (em tarefas de acordo com sua faixa etária)”, afirma. Pois o excesso de atividades mediadas por adultos, de acordo com a especialista, prejudica o desenvolvimento da autonomia e a espontaneidade dos pequenos na maneira como pensam e lidam com o mundo.
Qual o número ideal de atividades que meu filho pode e/ou deve fazer, então, além da escola? A educadora acredita que um a dois cursos extracurriculares sejam o suficiente, de modo que sobre tempo para ele simplesmente ser criança. Ou seja, para brincar. Ao longo do semestre, fique atenta a sinais de cansaço provocado pelo excesso de estímulos, como pedidos para ficar em casa em vez de passear no fim de semana, por exemplo. E, se for o caso, vale repensar a agenda dele. Só para lembrar, é preciso levar em conta os reais interesses do seu filho na hora de escolher os cursos – e não apenas o que você sonhou para ele!