Como escolher o nome do seu bebê

Ao escolher o nome do bebê, repita-o com o sobrenome em voz alta para ver se combina! (Foto: 123RF)

O IBGE divulgou na semana passada um levantamento inédito dos nomes no Brasil, identificados pelo Censo Demográfico 2010. As informações sobre cada um dos mais de 130 mil nomes registrados no país, inclusive os mais populares, estão organizadas por década, sexo e municípios em um site específico. Pesquisar o próprio nome e dos familiares nesse site é irresistível. Mas ele se mostra também uma ótima ferramenta para que está escolhendo o nome do bebê. Dá para estudar os mais escolhidos, as tendências da última década e o que já saiu de moda. Veja a seguir algumas curiosidades apontadas por essa pesquisa e, aproveitando a deixa, dicas da oficial de registro civil Érica Barbosa e Silva, da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) do estado de São Paulo, para fazer a escolha certa!

Clássicos que não saem de moda

Maria e Ana estão entre dos 10 mais populares desde 1930. Francisca não é mais tão utilizado, mas segue na lista por ter sido tão popular. Já José e Antonio eram imbatíveis até 1980, quando Lucas chegou à primeira posição. Considerando a pesquisa realizada desde 1930, José, João, Antonio e Francisco ganham em popularidade disparado.

Italianos em alta

A partir de 2000, os nomes italianos, como Enzo, Enrico e Lorenzo dispararam, principalmente no sul e sudeste do país. Já são mais de 47 mil Enzos no Brasil, sendo que 44 mil nasceram na última década da pesquisa (2000-2010).

Americanos em baixa

“Os nomes americanizados estão em declínio”, aponta Érica, assim como o uso das letras “y”, “w”, “ph”. Se na década de 1990 eles se tornaram usuais, agora há menos Washington, Welington e Michael sendo registrados.

Celebridades, que nada

Artistas, celebridades e personagens de novela sempre ditaram moda. Mas uma tendência curiosa apontada pelo estudo, e percebida pela oficial de registro civil Érica, é que os nomes que têm feito mais sucesso agora são na verdade os filhos dos famosos. “Bento (filho de Caio Blat e Maria Ribeiro), Benjamim (filho de Gisele Bündchen), Joaquim (filho da Angélica e Luciano Huck). Temos registrado muito mais Davi Luca do que Neymar, por exemplo”, conta.

4 dicas para não errar

Você sabia que os cartórios têm o poder de se recusar a registrar um nome que possa ser prejudicial a uma criança e enviar o caso para o juiz, se os pais insistirem na escolha? Mas, na maioria dos casos, uma boa conversa com a família basta, segundo a registradora. Obviamente que, por se tratar de uma escolha pessoal, os cartórios levam em conta a vontade e a origem da família. A seguir, ela fala de quatro aspectos importantes que todos os pais têm de considerar ao escolher o nome:

1) Grafia: quanto mais simples for a grafia do nome, melhor para a criança, que não terá de ficar soletrando o nome a vida inteira.

2) Homônimos: em casos da junção de nomes e sobrenomes muito comuns, como João da Silva, a criança terá muitos homônimos, o que poderá acarretar problemas diversos, como o registro indevido em cadastros restritivos de consumidores (SPC e SERASA), certidões positivas de distribuidores judiciais, inclusões indevidas nos cadastros criminais do Instituto de Identificação, etc. Nesse caso, sugere-se alguma alteração ou inclusão no nome para evitar dificuldades futuras.

3) Da moda: “Quando faleceu a Lady Di, muitas pessoas quiseram registrar bebês com assim. Em casos como esse, tentamos orientar que modas são passageiras e o nome pode vir a constranger a criança no futuro”, diz Érica.

4) Cacofonia: fale o nome escolhido em voz alta, seguido pelo sobrenome. Essa é uma dica importante para evitar que, juntos, os nomes gerem sons ou outras palavras estranhas. Tipo Caio Rolando, sabe?