3 mantras que aliviam a culpa da mãe que ama trabalhar
Quando você está 100% no momento presente – ou seja, 100% trabalhando e 100% com a família – o stress diminui (Foto: CrayonStock)
“Amo a minha família e sinto culpa por amar também o meu trabalho”: este é um dos 16 dilemas abordados no livro “Mulheres modernas, dilemas modernos. E como os homens podem participar (de verdade)”, da Primavera Editorial. Com exclusividade para o It Mãe, a coautora Joyce Moysés elencou três pensamentos que ajudam a afastar o fantasma da culpa.
1) A qualidade importa muito mais que a quantidade de tempo com os filhos. Por isso, considere um dos desafios mais importantes da mãe executiva ou empreendedora estar 100% naquilo que faz.
O que mais acontece “O mais comum é a gente ver a mulher em casa, do lado dos filhos, mas grudada nas mensagens do celular ou com o computador no colo. Ela se sente em débito por não estar trabalhando, produzindo, conectada o tempo todo… Daí, ela vai trabalhar e não presta atenção direito na reunião ou na tarefa que executa porque está com a cabeça fora do escritório. Na escola do filho, por exemplo. Nessa hora, ela se sente em débito por não estar priorizando seu papel de mãe. Quando a mulher passar a estar 100% no momento presente – ou seja, 100% trabalhando e 100% com a família – a vida ficará menos enlouquecida, o stress deverá baixar e a culpa também”, explica Joyce, jornalista que estuda o comportamento feminino há 27 anos e é mãe de um adolescente.
2) Descanso deve ser para todos Vamos reconhecer que “a vida corrida” e “a loucura do dia a dia” impactam todas as famílias, não só a sua. É um dado social da vida urbana contemporânea. Cabe a nós fazermos frente a essa realidade. Boas perguntas: como criar um ritmo, um pulso mais saudável, sustentável para a minha rotina? Como incluir prazer e alegria no meu cotidiano? Ou seja, embora o problema seja coletivo, as respostas são individuais.
O que mais acontece “O ritmo de uma família não é harmonizado conforme as necessidades de cada membro, inclusive a de descanso (para a mãe e para nossos filhos), mas deveria. Não podemos estar à mercê das demandas insanas que a sociedade quer nos impor. Se relaxamos no sofá deixando as crianças jogando no celular, nós descansamos, mas eles não! Apenas se distraem e ficam quietos corporalmente, mantendo intensa atividade cerebral. Isso não é descanso”, alerta a escritora.
3) A mulher tem uma capacidade ímpar de achar soluções, criar alternativas que a ajudem a conciliar várias atividades. Há muitas ideias possíveis de serem implantadas.
O que mais acontece “Existe uma sensação feminina de que não há saída, mas para tudo há solução. E simplificar algumas coisas, como escolher uma escola perto de casa, mesmo que não seja a número um do Enem, pode ser mais inteligente. As pessoas confundem um pouco o significado da palavra egoísmo: cuidar de você em primeiro lugar não é uma atitude egoísta. Permite que tenha mais condições de dar apoio, ser carinhosa, divertir-se com quem ama. É como a orientação de colocar a máscara de oxigênio primeiro em si e depois na criança, caso ocorra uma pane no avião. Se você está bem, sentindo-se produtiva, alcançando vitórias pessoais, o seu relacionamento com os filhos sai ganhando. Pode transmitir coisas boas à família. Então, pare de se torturar”, conclui Joyce.