10 dúvidas sobre coletor menstrual e absorventes ecológicos respondidas


Marcela de Mingo
por: Marcela de Mingo
Jornalista do team It Mãe

coletor menstrual absorvente de pano

(Foto: Vanessa Ramires / Pexels)

 

Você ouviu falar sobre os coletores menstruais e os absorventes ecológicos, mas não sabe ao certo como eles funcionam no dia-a-dia? O ItMãe conversou com Regiane Bagni, fundadora da Vai de Copinho, para entender melhor essa alternativa:

1.O que é um coletor menstrual?

O coletor menstrual (também chamado de copinho) é um dispositivo utilizado para coletar o sangue menstrual. Ele é de uso interno, sendo posicionado no começo da vagina, criando um vácuo e acumulando a menstruação durante o dia.

“O coletor menstrual é feito, na maioria das vezes, de silicone medicinal, um material inerte e hipoalergênico que não altera a flora vaginal, pois não contém químicos como os presentes em absorventes descartáveis”, explica Regiane. “Outro fator é a capacidade de armazenamento, que é bem maior que a de absorventes comuns. Por ser de uso interno, dá também maior liberdade para as suas atividades, como correr, se exercitar, nadar ou mesmo dormir”. Um coletor menstrual pode durar até 10 anos, se bem conservado. A longo prazo se gasta menos dinheiro por mês e ainda colabora com a manutenção do meio ambiente, produzindo menos lixo.

2.O copinho menstrual vaza?

Segundo Regiane, as chances de isso acontecer são baixas, porque ele é do tamanho ideal para cumprir a função e, se colocado corretamente, gera um vácuo que evita qualquer tipo de vazamento – por isso é tão indicado mesmo quando você pratica esportes.

“Ele é inserido dobrado, seguindo a inclinação natural do canal vaginal e abre-se, fazendo uma vedação. Se um coletor menstrual está vazando, em geral a inserção não foi feita corretamente ou ele não abriu por completo; neste caso, basta ajustar, talvez usando outra dobra para inserir e colocar o coletor mais para baixo no canal vaginal”, diz Regiane.

3.Usar o coletor piora a cólica?

As cólicas menstruais acontecem por contrações no útero. O coletor pode gerar algum desconforto físico durante o período de adaptação de uso, que algumas mulheres comparam a uma cólica. Isso pode ter alguns motivos, como a má colocação do dispositivo ou o vácuo muito forte. A solução é, justamente, tentar posicioná-lo novamente, mais abaixo no canal vaginal (isso significa não empurrá-lo tão para cima na hora de colocar) e tentando criar a vedação novamente. A ideia é que você não sinta nada enquanto estiver com o copinho posicionado.

4. Como saber que é hora de esvaziar o coletor?

Aqui, é um exercício de autoconhecimento. Nas primeiras utilizações, é preciso entender qual é a dimensão do fluxo – se a mulher  tem mesmo muito sangue e precisa de trocas mais frequentes, ou se pode manter o dispositivo por um tempo a mais. Nessas primeiras vezes, a mulher precisa checar o seu coletor a cada 4 ou 6 horas. Dependendo do fluxo, é possível ficar até 12 horas com o copinho, sem necessidade de esvaziá-lo durante esse período.

5.Como higienizar um coletor menstrual?

Antes de começar a usar o copinho e depois do ciclo, recomenda-se técnica que chama “fervura”: basicamente, significa colocar o dispositivo na água, e então aquecê-lo no fogão ou no microondas, de 5 a 8 minutos.

Durante o período menstrual, basta descartar o sangue acumulado e limpar o copo com água fria ou um sabonete neutro. 

6.E o que é um absorvente ecológico?

Outra opção para quem quer fugir dos absorventes comuns são as versões ecológicas. Esses produtos têm o mesmo formato de um absorvente descartável, mas é feito de materiais que permitem a reutilização.

As versões tradicionais contam com uma capa que você abotoa na calcinha, e o forro é feito totalmente em material absorvente – normalmente, algodão 100% -, o que garante a proteção durante o período menstrual.

Aliás, é comum algumas mulheres usarem um absorvente de pano como uma proteção extra para o copinho menstrual, pelo menos nas primeiras utilizações. Esse tipo de proteção funciona exatamente como um absorvente comum, mas com a diferença que, depois de usado, ele pode ser lavado, secado e, então reutilizado. 

7.O absorvente de pano é higiênico?

Usar absorventes de pano é um dos métodos mais antigos quando se fala em proteção no período menstrual, mas que perdeu popularidade ao longo do tempo por causa da conveniência dos descartáveis. Mas ele é seguro para a saúde da mulher porque não tem químicos (afinal, são feitos com fibras naturais), evitam odores e seguram melhor o sangue por conta da capacidade de absorção.

8.Como higienizar um absorvente ecológico?

As versões modernas podem ser lavadas na máquina de lavar – é só seguir as instruções que vêm com o produto, mas, via de regra, optar sempre por água fria e um sabão neutro. A recomendação é passar o seu absorvente de pano na água corrente para tirar quaisquer excessos e então lavar como qualquer outra peça de algodão. 

9.Quando trocar o absorvente de pano?

A lógica é a mesma para um absorvente comum: depende do ciclo e das necessidades do corpo. Comece o dia com um limpo e troque conforme a necessidade ou a cada seis horas – varia muito de mulher para mulher. Na hora da troca, vale a pena armazenar o absorvente usado as bolsas impermeáveis próprias, que mantém a umidade e facilitam a lavagem. 

10.Copinho menstrual ou absorvente descartável?

“Nos primeiros ciclos menstruais de uma adolescente, durante um tratamento ginecológico ou no período pós-parto, os absorventes ecológicos ou calcinhas absorventes são uma opção ao coletor menstrual. Mas no geral, por ter uma capacidade maior e ser de uso interno (dando a sensação de não estar usando nada) o coletor tende a ser mais vantajoso. Porém, algumas pessoas não se sentem à vontade com um produto de uso interno, por isso optam pelos absorventes de pano, que além de econômicos, são muito mais saudáveis que os descartáveis”, diz Regiane. Já no pós-parto, não é recomendado o uso de nenhum tipo de método de proteção interno (como o copinho ou um absorvente interno) – eles podem ser usados quando a mulher voltar a menstruar normalmente.

 

  • Marcela de Mingo

    Eu escrevo e tomo chá. Um resumo simples, porém preciso, de uma jornalista que escreve para a internet desde que tudo isso era mato e sobre todo assunto que, de alguma forma, desperta a sua paixão.

Data da postagem: 15 de março de 2019

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