Sua barriga não é mais mesma? Pode ser diástase


Natália Folloni
por: Natália Folloni
Nossa repórter adora crianças e acredita que uma mulher tem o direito de ser imperfeita sem deixar de ser uma boa mãe.

A gente sabe que o corpo muda – e muito – depois da gravidez. É normal! A gente sabe também que algumas mulheres, por mais que façam exercícios e se cuidem, não conseguem fazer com que a barriga diminua. Há até mães que conseguem ficar magras, mas a danada da barriguinha continua ali. Foi o que aconteceu com a cantora Sandy.
Se isso acontece com você também, vale cogitar a hipótese de você ter adquirido a chamada diástase. O que é isso?  “A diástase nada mais é do que o afastamento dos músculos abdominais que podem acontecer na gestação ou na obesidade severa”, explica a personal trainer especializada em gestantes e exercícios pós-parto, Juliana Calheiros, criadora do método Materna Fit. Na gestação, as fibras musculares que sustentam o abdômen se estiram, causando um afastamento que forma um pequeno buraco separando os dois lados da musculatura.  Isso faz com que a barriga pareça maior e fique menos rígida.

Quem pode desenvolver?

Segundo a Juliana Calheiros, “quase 40% das gestantes podem apresentar esse problema de maneira grave e, em gestantes gemelares, a probabilidade é de quase 70%”. As mulheres que praticavam exercícios antes da gravidez e têm a musculatura do abdômen fortalecida têm menos tendência a desenvolver o problema. “Quanto maior a força, controle muscular isométrico, flexibilidade e fortalecimento do CORE da mulher, mais fácil será a recuperação e retorno dessa musculatura tão sobrecarregada durante as 40 semanas gestacionais”, diz Juliana. “Porém, a diástase está relacionada também à genética e a situações que não podemos evitar em alguns casos: bebês grandes, gestações gemelares, quantidade exagerada de líquido amniótico, e acidentes na gestação que causem grande pressão e rotação do tronco”, completa.

E durante a gestação, o que ajuda a prevenir? “Uma alimentação balanceada é importante e, nesse caso, o ideal é procurar um nutricionista que possa orientá-la”, diz o obstetra Domingos Mantelli. Caminhadas e outras atividades físicas que sejam liberadas pelo obstetra também pode ajudar a controlar o sobrepeso.

O que fazer no pós-parto?

Uma das recomendações é ficar de olho na postura, o que pode ser um desafio no pós-parto. “Após o nascimento do bebê, a mãe passa a ter a melhor fase da sua vida em relação ao seu grande amor estar em seus braços. Porém, o dia-a-dia do pós-parto é muito cansativo e torna nossa postura e conduta muscular toda errada. Isso dificulta o retorno do abdômen e diminuição desse espaço entre os “packs” abdominais”, diz Juliana.

Segundo a personal, um grande exemplo são os sustos de madrugada que a mãe toma, quando ela acaba de fechar os olhos para enfim adormecer um pouquinho e a criança chora alto, fazendo-a levantar correndo, forçando a coluna e usando quase nada o músculo abdominal. “Toda flexão da coluna deve ser bem executada pela mãe, para que esse espaço não aumente ainda mais”, explica Juliana.

Mas dá para corrigir?

Sim. Os exercícios de correção postural e estéticos são importantes. “Eles fazem com que a musculatura volte aos poucos para o lugar de maneira segura para que essa diástase não fique pior”, diz Juliana. Segundo ela, o mais recomendado é fazer um programa de exercícios direcionado para mulheres que tiveram filhos. “Se fizer os exercícios abdominais sem orientação ou de maneira errada, a mulher pode até aumentar o afastamento dos músculos reto abdominais”, avisa Juliana. Em um segundo momento, ela recomenda a fisioterapia, que vai ajudar a fortalecer a musculatura reto abdominal e contribuir para o retorno dos músculos às suas posições originais.

E se nada disso resolver? 

É importante lembrar que, em casos mais graves, somente a cirurgia pode resolver, como afirma o dr. Domingos: “exercícios e cinta abdominal ajudam, mas, às vezes, é somente com cirurgia que se resolve o problema”. Além disso, a diástase pode provocar dores nas costas e nas pernas. Se estiver sentindo isso, vale a pena procurar um médico.

 

 

 

 

  • Natália Folloni

    Nossa repórter adora crianças e acredita que uma mulher tem o direito de ser imperfeita sem deixar de ser uma boa mãe.

Data da postagem: 22 de setembro de 2015

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