Clareamento dental: conheça os principais tipos – e seus prós e contras
É normal ficar incomodada com os dentes amarelados – que se tornam mais recorrentes após os 35 anos. Com tantos produtos disponíveis nos consultórios dentários, farmácias, supermercados e na internet, surgem dúvidas de como os procedimentos funcionam, qual a eficácia e se existe algum risco para a saúde bucal. Pesquisamos as três formas mais usadas para clarear os dentes – no dentista ou em casa – e descobrimos suas vantagens e desvantagens.
Tratamento a laser
O laser é aplicado no consultório e acompanhado pelo dentista. Antes de começar o procedimento, o profissional verifica se há contraindicações, prescreve a concentração adequada do produto e monitora o tempo certo para repetir a técnica. Em 40 minutos é possível perceber os dentes mais claros. “O laser é passado em cada dente com uma espécie de caneta que remove os pigmentos amarelos”, explica a dentista Claudia Hikari, de São Paulo, especialista em estética dental. Para evitar irritações, Claudia conta que a boca deve ser protegida por uma máscara de borracha que deixa apenas os dentes à mostra. O resultado dura, em média, dois anos.
Moldeira
Também conhecida como placa dentária, ela é feita com um molde que o paciente leva para casa junto com um gel de peróxido de hidrogênio, prescrito pelo especialista, que penetra nos dentes e quebra as moléculas que causam o aspecto amarelado. “O produto é aplicado por tempo determinado, deve ser usando exatamente como orientado pelo dentistas e é preciso voltar ao consultório para verificar o resultado”, explica a dentista. Geralmente, a placa deve ser usada duas vezes ao dia, durante uma semana. Segundo o Ministério da Saúde, não é recomendável para mulheres grávidas ou que amamentam, pessoas com problemas gástricos e para quem tem dentes muito sensíveis.
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) alerta para a venda de alguns kits com moldes prontos, que não são feitos sob medida, oferecidos na internet. Entre os riscos de usar um produtos que não foi confeccionado para o formato exato dos dentes está a possibilidade do produto vazar e causar sangramento.
Adesivos
Vendida nas drogarias e supermercados, a fita adesiva também clareia o dente à base de peróxido de hidrogênio e dispensa o acompanhamento de um profissional. São mais baratas que os tratamentos oferecidos em consultórios e devem ser aplicadas nos dentes duas vezes ao dia, por 30 minutos, durante duas semanas. A dentista Claudia Hikari lembra, porém, que o método é capaz de provocar danos se mal empregado ou usado de forma indiscriminada. “O produto vendido na farmácia é bom e eficaz, o problema está na maneira que as pessoas costumam usá-lo”, justifica. “Sem a prescrição e a orientação de um profissional, pode apresentar riscos”.
Segundo a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, está sendo criada uma legislação a fim de controlar melhor o que pode ser comercializado nas farmácias, e a ideia é que os clareadores em formato de adesivo tenham de ser prescritos por um dentista e comprados com apresentação de receita.
E o creme dental clareador?
As pastas dentais que prometem clarear os dentes não tem o mesmo resultado que os tratamentos de clareamento, agindo melhor na manutenção. São indicadas para prevenir a sensibilidade e preservar os resultados dos dentes já brancos.