A real sobre a criolipólise
Nessa época, pertinho do verão chegar (o calor já veio com tudo!), pipocam diversos tratamentos estéticos que prometem combater a gordura localizada. De todos, a criolipólise tem sido a mais comentada – para o bem e para o mal. Mas você sabe como funciona o procedimento? O que se pode, de fato, esperar como resultado? O que fazer para não cair em roubada? A dermatologista Luciana Lourenço, de São Paulo, me ajudou a detalhar essas informações para que o seu investimento (que é alto!) valer a pena. Um beijo!
A criolipólise é melhor do que outras tecnologias que já existiam para tratar a gordura localizada, como a radiofrequência e o ultrassom?
“Acredito que a grande diferença deste método são os estudos científicos. É a tecnologia de tratamento corporal mais estudada no mundo e os resultados foram comprovados na literatura médica”, diz a dermatologista Luciana Lourenço. O aparelho de criolipólise CoolSculpting foi desenvolvido na Universidade de Harvard pelo professor Dr. Rox Anderson, um expert em laser. Então, o CoolSculpting tem bastante credibilidade no meio médico. Ele foi o primeiro, mas já existem outras marcas de criolipólise no mercado.
Como funciona?
Uma ponteira suga a pele da área que será tratada (abdômen, pneuzinhos, culote e até braços) e esfria até congelar o tecido – a pele fica dura, parecendo um picolé, bem aflitivo! Com o frio, as células de gordura entram num processo chamado de apoptose – uma morte celular programada e organizada. “Não é prejudicial ao organismo”, assegura Luciana. O resultado é a perda de 25% a 30% das células de gordura do local tratado em cada aplicação – ou seja, somente daquela área da pele que foi “sugada” para dentro do aparelho (imagine uns 15 cm2). O efeito começa a aparecer após a terceira semana, mas demora de dois a três meses para ser visto completamente.
O que podemos esperar do resultado?
A criolipólise, assim como a maioria dos tratamentos estéticos corporais, é indicada para combater apenas a gordura que está realmente localizada – uma barriguinha proeminente abaixo do umbigo, o culote e os pneuzinhos… Mas está longe de “emagrecer” as pessoas. Vale lembrar que qualquer procedimento corporal precisa de alimentação equilibrada e atividade física para dar certo. Aquele papo de que tratamento estético é para quem odeia malhar já era! Tem que combinar tudo se quiser uma transformação.
Existem diferenças entre os aparelhos de criolipólise?
Essa é uma pergunta polêmica. Cada médico ou clínica “puxa sardinha” para o equipamento que comprou, claro! Mas existem, sim, diferenças. “O primeiro passo é verificar se o aparelho tem o registro na ANVISA. Além disso, acho importante que esse equipamento tenha sido escolhido por um profissional sério. As melhores máquinas têm estudos científicos sobre segurança e resultado e o bom profissional sabe dar valor a isso”, fala a Dra. Luciana.
Existem muitos casos de queimaduras com a criolipólise. Por que acontecem e como evitar?
O risco de queimadura depende de diversos fatores: do equipamento utilizado, da técnica de aplicação e de quem está aplicando o tratamento. De forma geral, é necessário utilizar uma espécie de manta sobre a pele para protegê-la. “O frio tem que atingir a gordura e não a pele, o que não é tão simples. Por isso que alguns equipamentos são mais seguros do que outros. Deve haver o acompanhamento de um profissional sério que tenha uma equipe muito bem treinada”, explica a Dra. Luciana. Além disso, não é um tratamento barato – de 2 a 3 mil reais, em média, a seção! Se a oferta for muuuuito abaixo disso, desconfie!