Vacinação para Gestantes: 5 coisas que você precisa saber
Saiba quais vacinas para gestantes são essenciais, se elas têm efeitos colaterais ou se podem fazer mal para o seu bebê de alguma forma
Você que está para ter bebê, já chegou a pensar também precisa de vacinação? Pois é, grávidas também devem se atentar para esse cuidado tão importante. Para saber mais sobre o assunto, o ItMãe conversou com Juarez Cunha, especialista em pediatria e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para saber mais detalhes:
Foto: Hyttalo Souza / Unsplash
1.Toda gestante precisa de vacinação?
Acredite se quiser, a resposta a essa pergunta é: sim! Toda mulher que está esperando bebê precisa tomar uma dose da tríplice bacteriana acelular (dTpa), a partir da 20ª semana de gestação. A vacina contra gripe, se for época, também é imprescindível. “Além disso, caso ainda não esteja com o esquema completo, deve receber as vacinas dupla bacteriana do tipo adulto (dT) e hepatite B. Todas estão disponíveis gratuitamente no SUS”, explica ele.
De acordo com Juarez, outras vacinas podem ser recomendadas em casos especiais, com prescrição médica. É o caso das vacinas de hepatite A, meningocócicas B e ACWY, pneumocócica e febre amarela.
2.Essas vacinas podem ter efeitos colaterais?
Segundo o especialista, é possível que ocorram efeitos colaterais, mas esses costumam ser sempre leves e passageiros, como dor no local da aplicação, vermelhidão e, eventualmente, febre. “As chances de ocorrências mais graves são raras”, tranquiliza ele.
3.A vacinação para gestantes é benéfica para o bebê?
“De diferentes formas”, explica Juarez. “As vacinas previnem doenças perigosas para a saúde da grávida e que também podem trazer complicações para a criança, como malformações congênitas, prematuridade e até mesmo aborto”.
E tem mais: os anticorpos que são produzidos pelo organismo da mãe vacinada são transmitidos para o bebê, primeiro pela placenta, depois pelo leite materno. O especialista explica que esse processo é importante no começo da vida, quando a criança está desenvolvendo o próprio sistema imunológico e algumas vacinas são contraindicadas para essa fase.
“Quase todas as mortes por coqueluche no Brasil, por exemplo, são em menores de 3 meses, período em que ainda não receberam nenhuma dose da vacina contra a doença. A proteção adequada só acontecerá após os 6 meses, quando todas as doses já terão sido aplicadas (aos 2, 4 e 6 meses)”, diz.
4.Essas vacinas podem ter efeitos negativos no bebê?
Um ponto importante é que as vacinas indicadas durante o período de gestação contém vírus inativos, ou seja, mortos. Isso significa que são incapazes de causar qualquer enfermidade.
A vacina de febre amarela é elaboradas com vírus vivos atenuados (enfraquecidos), e pode, raramente, gerar efeitos semelhantes ao da doença. Por isso mesmo, só pode ser tomada com prescrição médica, e costuma ser indicada apenas em casos de surtos ou locais onde há alta probabilidade de infecção.
5.As vacinas precisam ser reaplicadas nas mães após o nascimento do bebê?
Não por causa do parto / nascimento do bebê, mas a cada 10 anos a mãe precisa receber o reforço de algumas vacinas: da rotina da dupla bacteriana do tipo adulto (dT) ou tríplice bacteriana acelular (dTpa), a dose anual da vacina contra a gripe e, se necessário, completar o esquema da hepatite B. “Caso engravide novamente, mesmo que ainda esteja nesse intervalo de 10 anos, é necessária outra dose de dTpa”, recomenda Juarez.
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