Por que seu filho precisa de Vitamina D (e como não deixar faltar)


Vanessa Radonsky
por: Vanessa Radonsky
Pediatra do Fleury Medicina e Saúde

A luz solar é a melhor fonte de vitamina D. E o tempo de exposição deve ser a metade do que a pele demora para ficar rosada. Pode variar de 10 a 20 minutos, de acordo com a pele da criança (foto: 123TRF)

 

Atualmente, a insuficiência e/ou deficiência de vitamina D tem sido considerada um problema de saúde pública no mundo todo. E com a chegada das estações mais frias, quem mora em lugares onde o inverno é rigoroso precisa ficar atenta.

A Vitamina D é essencial para o corpo humano em todas as fases da vida. Trata-se de um pré-hormônio que, associado ao PTH (paratormônio), atua como regulador da homeostase normal do cálcio e do fósforo, além do metabolismo ósseo. Nas crianças, a falta ou deficiência da vitamina D pode gerar diversas consequências, como retardo de crescimento e raquitismo em crianças.

Essa vitamina é obtida principalmente por meio da exposição à luz solar e, em níveis bem menores, por meio da alimentação e do leite materno.

Mas o que faz com que as crianças fiquem carentes de Vitamina D?

Nos dois primeiros anos de vida da criança, o crescimento é muito acelerado e é extremamente importante que o pequeno receba um aporte adequado de vitamina D, lembrando que o leite materno ou o de vaca não são suficientes. Dessa forma, além do aleitamento, o bebê necessita da luz solar. As crianças que vivem em regiões de clima temperado ou frio, e em cidades grandes, como São Paulo, onde há inverno, poluição ambiental e o hábito de mantê-las demasiadamente vestidas ou dentro de casa, podem desenvolver a deficiência de vitamina D.

A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam o uso de vitamina D de 400UI a 800UI para as crianças até dois anos de idade. Após esta idade, o uso da vitamina apenas está indicado para as que não conseguem atingir a quantidade recomendada por meio da alimentação e luz solar, como as portadoras de doenças crônicas, que têm desnutrição ou que são adolescentes gestantes.

Podemos classificar os indivíduos como deficientes, insuficientes ou suficientes em vitamina D conforme a tabela abaixo:

 

  25(OH)D (ng/mL)
Deficiência < 20
Insuficiência 20-29
Suficiência 30-99

Para uma boa saúde dos ossos é recomendada para as crianças uma ingestão adequada de cálcio, que pode ser adquirida com a ingestão de três porções de leite ou derivados por dia, considerando uma porção como um copo de leite ou uma fatia de queijo branco, por exemplo.

Outros alimentos ricos em vitamina D são óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos, como o atum e o salmão, e cogumelos secos ao sol.

Mas, ainda, a principal fonte de vitamina D é, de fato, a luz solar. Um cuidado cuidado que se deve ter para a produção da vitamina D é a exposição diretamente na pele sem ser bloqueada por protetor solar, vidro e plástico.A duração da exposição ao sol não deve ser superior à metade do tempo que a pele demora a ficar rosada, variando de indivíduo para indivíduo, cerca de 10 a 20 minutos. 

 

 

 

 

  • Vanessa Radonsky

    Pediatra do Fleury Medicina e Saúde, tem especialização em Endocrinologia Pediátrica pelo Instituto da Criança – HCFMUSP e é pós-graduanda em Endocrinologia e Metabolismo Ósseo pela UNIFESP. É mãe da Letícia e da Beatriz.

Data da postagem: 5 de junho de 2018

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