Tudo o que você precisa saber sobre prematuridade


Dr. Domingos Mantelli
por: Dr. Domingos Mantelli
Médico especializado em Ginecologia e Obstetrícia

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Com os avanços da medicina, a sobrevida dos prematuros aumentou significativamente (Foto: CrayonStock)

A cada semana de gestação, uma verdadeira revolução acontece no corpo da mulher para gerar um novo ser. Embora os órgãos do bebê já estejam formados ao final do primeiro trimestre, eles só estarão totalmente desenvolvidos ao final da gestação. Por isso os partos prematuros, isto é, que ocorrem antes da 37ª semana de gravidez, geram tanta preocupação. Atualmente, no Brasil, 340 mil mulheres dão a luz a bebês prematuros todos os anos, o que equivale a cerca de 12% do total de partos. Em todo o mundo são 15 milhões de recém-nascidos na batalha pela vida. O que estaria por trás das estatísticas? Entre os fatores de risco, os mais comuns são hipertensão e diabetes gestacional, malformações congênitas, idade materna, anomalias do colo uterino e problemas de tireoide.

Claro que quanto antes o bebê nascer, mais delicada a situação. Existe uma classificação que divide os prematuros conforme a semana do nascimento. Aqueles que vieram ao mundo entre a 35ª e a 36ª semana, com peso de 2,2 kg a 2,8 kg, são chamados de limítrofes. Da 31ª à 34ª semana, com 1,6 kg a 2,3 kg, de moderados. Já aqueles com idade gestacional menor ou igual a 30 semanas, com menos de 1,5 kg, são conhecidos por prematuros extremos. Além do baixo peso, as principais complicações dos bebês que nascem antes da hora estão relacionadas a dificuldades respiratórias e infecções. Os cuidados continuam após a alta – que geralmente acontecem quando o bebê tem de 2 a 2,5 kg e consegue respirar normalmente -, com visitas frequentes ao pediatra.

A boa notícia é que, com os avanços da medicina, a chance de recuperação das crianças prematuras aumentou significativamente. Para se ter uma ideia, a sobrevida dos bebês que nascem com pelo menos um quilo fica entre 90 e 100%. E o acompanhamento pré-natal adequado, seguido de cuidados com a alimentação e o estilo de vida da gestante, é fundamental para evitar que o trabalho de parto comece antes da hora, mesmo que os fatores de risco já tenham sido identificados.

  • Dr. Domingos Mantelli

    Médico especializado em Ginecologia e Obstetrícia. Papai da Giulia e da Isabella. E autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra” e pai da Giulia

Data da postagem: 10 de março de 2016

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