Proteção solar: FPS faz diferença? É melhor spray ou creme? Saiba tudo aqui!
Os pais podem adotar a regra da sombra: se a sombra do corpo no chão for menor que a altura, todos devem procurar abrigo (foto: freeimages)
Você sabia que 80% da radiação solar que recebemos na vida ocorre até os 18 anos de idade? Os dados são da Academia Americana de Dermatologia. Por isso, apesar da exposição solar ser importante para a síntese de vitamina D, alguns cuidados são necessários para proteger a pele das crianças ao ar livre – especialmente a dos bebês, que é mais fina e sensível. Entre eles, está o uso de protetor solar, que protege contra queimaduras e insolação e, a longo prazo, reduz o risco de câncer de pele e do fotoenvelhecimento (ou seja, do desgaste causado por fatores ambientais). Além disso, entre 10h e 16h, como você já deve saber, é preciso evitar o sol, pois nesse intervalo a incidência dos raios UVB é maior. Já os raios UVA são constantes ao longo do dia. A dermatologista Daniela Schmidt Pimentel, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ensina um truque que pode ajudar. “Os pais podem adotar a regra da sombra: se a sombra do corpo no chão for menor que a altura, todos devem procurar abrigo”, alerta a especialista, que também faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês (SP). A seguir, ela dá mais recomendações para seguir à risca nesse verão.
Crianças & protetor solar
Os bebês só devem usar protetor a partir dos 6 meses. Antes disso, os bebês só podem ser expostos ao Sol dentro horário recomendado, sempre com roupas e chapéu. E, até os 2 anos, a dermatologista recomenda o uso de protetores inorgânicos, isto é, físicos. Isso porque funcionam apenas como uma barreira que protege a pele e, sendo assim, as chances de provocar dermatites e alergias são menores. Já os maiores estão liberados para usar os protetores químicos, de preferência, resistentes à água. Não se esqueça de espalhar bem, tomando cuidado com os olhos, o nariz e a boca. Ela ressalta que o protetor solar deve ser aplicado de 15 a 30 minutos (em quantidades generosas!) antes da exposição solar e, novamente, a cada a cada duas horas ou toda vez que o pequeno se molhar. Por último, escolha produtos infantis.
Creme ou spray?
Para a dermatologista, o protetor solar em creme é mais fácil de aplicar, embora pareça o contrário. “Tenho pacientes que ficaram ‘manchados’ por causa do uso incorreto do spray, que só espalha bem quando o fazemos com as mãos também”, explica. Atenção às regiões que tendem a ser esquecidas, como orelhas, pescoço e pés.
O FPS faz tanta diferença, sim
A discussão é antiga. Pesquisas realizadas nos anos 90 demonstraram que produtos com FPS 60 apresentavam uma vantagem pequena se comparados aos de FPS 30, por exemplo, em relação à proteção contra queimaduras. Atualmente, de acordo com a especialista, tal conceito foi desqualificado. Pois novos estudos demonstraram que, a longo prazo, FPS mais altos são mais eficientes na prevenção do câncer de pele. Por isso, o ideal é escolher produtos com FPS 30, no mínimo.
Mais cuidados
Além de respeitar o horário e usar protetor solar, lance mão de medidas mecânicas de fotoproteção, como roupas (também com FPS, se possível), chapéu e guarda-sol.