Quando e onde furar a orelha da sua filha
O furo pode ser feito na farmácia, no pediatra ou em casa, por enfermeiras e acupunturistas especializadas (foto: Freeimages)
Antigamente, a maioria das meninas já saía da maternidade com brincos nas orelhas. Hoje, os hospitais não costumam mais fazer o procedimento precocemente para evitar riscos desnecessários de infecção. Mas também há quem recomende não esperar demais: no começo da vida seria mais fácil fazer a colocação do acessório, já que o lóbulo da orelha ainda é bem fininho. Nessa fase, a bebê muitas vezes sequer reage à perfuração, o que leva a crer que não sente dor – não há consenso sobre isso entre os especialistas, porém! Além disso, o bebê ainda não mexe nas próprias orelhas, o que facilitaria os cuidados posteriores.
Não há uma idade ideal para colocar brincos na sua filha, entretanto, afirma Gabrielle Tayar Durval, enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), de São Paulo. Quem define é o pediatra – e as recomendações podem variar. A enfermeira e acupunturista Thatyane Sereia Terci sugere aguardar de 20 a 30 dias, pelo menos, para evitar que uma possível infecção pós-parto do bebê se confunda com uma inflamação na orelha.
Quem faz?
Alguns hospitais, como o próprio HIAE, oferecem o serviço em domicílio, assim como enfermeiros e acupunturistas especializados. Thatyane, que também oferece o serviço em casa, conta que a vantagem de contratar um acupunturista, nesse caso, é que eles se preocupam em evitar pontos importantes de acupuntura localizados na orelha. Você pode ainda optar por levar a bebê a uma farmácia ou ainda ao consultório do pediatra, se o médico se propuser a fazer as perfurações. Mas em hipótese alguma faça você mesma, em casa, sob o risco de causar mais dor, infecções e furos mal localizados. A escolha do brinco também deve ser levada em conta: dê preferência a acessórios de ouro maciço ou aço cirúrgico, com tarracha própria para bebês.
E depois?
Tão importante quanto fazer furos bem feitos é cuidar do local depois, especialmente nos primeiros 30 dias após o procedimento. Lave a região com água e sabão no banho e seque bem. Depois, limpe-a com um cotonete e álcool a 70%. Gire o brinco pelo menos uma vez ao dia. A enfermeira Gabrielle recomenda, ainda, manter o primeiro brinco por ao menos 90 dias. Do contrário, o furo pode fechar. E atenção! “A qualquer sinal de vermelhidão, inchaço, acúmulo de secreção ou dor local, procure o pediatra”, alerta.