Longe do piolho! Saiba como evitar e tratar


Dra. Carla Bortoloto
por: Dra. Carla Bortoloto
Médica especializada em dermatologia clínica e cirúrgica

Um jeito de  evitar que seu filho pegue piolho é orientá-lo para que não use pente, escova, boné e gorro dos amigos, especialmente se tiver um surto na escola (foto: arquivo)

No inverno, as crianças costumam ficar mais agasalhadas e agrupadas nas escolas, o que torna o período propício para o surgimento da pediculose, a conhecida infestação de piolhos. Mas não há motivo para pânico. O problema é de fácil diagnóstico e tratamento.  

Será que é piolho?

A coceira (prurido) intensa na cabeça é o principal indício de que a criança pode estar com pediculose. A sensação é provocada pela sensibilidade à saliva que os piolhos injetam no couro cabeludo, para poder se alimentar.

As lêndeas– pequenos pontos brancos e amarelos – são os ovos do piolho, depositados pela fêmea grudados ao cabelo, bem próximo ao couro cabeludo. Após cerca de oito dias, nascem os piolhos. Pequenos e de coloração entre o acastanhado e o preto, eles podem viver até quatro semanas. Tempo suficiente para criar um grande incômodo.

Quem são as “vítimas”? Pessoas de todas as idades podem ter piolhos, mas as crianças com idade entre 3 e 12 anos, que frequentam escola ou outras atividades em grupo, são as mais propensas ao problema. Adultos que convivem com estas crianças também apresentam maior probabilidade de serem infestados com piolhos.

O pente fino é indispensável para a mãe fazer o “diagnóstico” de piolhos. A ação é simples: em um local bem iluminado, passe o pente fino em todo o cabelo da criança em busca de lêndeas e piolhos vivos.

 

Como tratar?

O dermatologista poderá prescrever o uso de xampus e loções inseticidas à base de Permetrina e Deltametrina, derivados da Piretrina.

Segredinho do tempo da vovó, o uso de vinagre também pode auxiliar no tratamento.  O ácido acético – associado ao tratamento específico indicado pelo especialista– tem como função, causar o desprendimento das lêndeas dos fios. Para não causar irritação ao couro cabeludo é essencial que ele seja diluído em água, na proporção de 1:1. Aplique a solução nas mechas, com ajuda de um pente fino, uma vez ao dia durante o tratamento, que deve seguir até que o cabelo da criança esteja totalmente livre da infestação.

Como evitar?

Prevenir é sempre o melhor remédio, mas no caso dos piolhos nem sempre é possível. Isso porque a transmissão se dá por aglomeração, e as crianças costumam brincar bem próximos, mantendo um contato direto.

O surgimento da pediculose nada tem a ver com questões de higiene. Ela ocorre por contato direto entre a criança infectada e a não infectada, quando o piolho passa de uma cabeça para outra. 

Algumas atitudes que podem minimizar os riscos:

  • Oriente seu filho a não emprestar objetos de uso pessoal como, pentes, escovas de cabelo, gorros e bonés;
  • Também é fundamental observar se o pequeno passou a ter o comportamento de coçar a cabeça de forma insistente;
  • Em caso de infestação na escola ou outros ambientes que ele frequenta, inspecione diariamente seus cabelos com auxílio de um pente fino, à procura de lêndeas e piolhos.

 

 

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  • Dra. Carla Bortoloto

    Médica especializada em Dermatologia clínica e cirúrgica, tricologista, professora da Pós-Graduação em Dermatologia das Faculdades BWS, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC) e da American Academy of Dermatology (AAD)

Data da postagem: 31 de julho de 2018

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