Criança pode tomar café?


Malu Echeverria
por: Malu Echeverria

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O ideal é beber café com leite e, de preferência, sem açúcar (Foto: 123RF)

Recentemente, o café foi retirado da lista de alimentos com potencial cancerígeno preconizada pela Organização Mundial da Saúde. “O café foi considerado potencialmente cancerígeno por muitos anos por conter substâncias irritantes ao trato gastrointestinal. A verdade é que é muito difícil fazer uma relação direta de qualquer alimento com prevalência de câncer, isso porque nós vivemos de hábitos, tanto alimentares quanto de vida. O que pode ou não ser relacionado com o desenvolvimento de câncer ou outras doenças, tal qual tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, alteração de sono e estresse, entre outros. Por isso, a OMS concluiu que as provas de que o café seria cancerígeno não eram tão fidedignas assim”, explica a nutricionista Mayara Rogerio Carvalho. O café, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), é a segunda bebida mais consumida no país. E, normalmente, o hábito começa na infância, a exemplo dos pais. O que nos leva a perguntar: será que criança pode mesmo tomar café?

Segundo a especialista, as orientações sobre o consumo de café ainda são divergentes e inconclusivas. Há estudos com bebidas à base de cafeína (como refrigerantes), mas nenhum grande o suficiente com o famoso café com leite tão presente na mesa dos brasileiros. “A questão é que o café é praticamente isento de macro e micronutrientes, ou seja, não oferece substrato para o desenvolvimento das crianças. No entanto, ao mesmo tempo, pode ser considerado um estimulante, o que teoricamente melhoraria o rendimento delas”, conclui a especialista. Para ela, considerando-se que devemos ensinar as crianças a manter uma alimentação equilibrada, o café pode, sim, fazer parte do cardápio dos seus filhos (preferencialmente a partir dos 7 anos) como uma opção mais natural ao achocolatado – que geralmente vem carregado de açúcar, corantes, conservantes e outros componentes de alimentos ultra-processados. Mas com moderação, claro! “Em pequena quantidade (até uma xícara de 50ml, completando o resto da caneca com leite), coado (o expresso é muito concentrado em cafeína) e de preferência mais fraco para não precisar adoçar. Caso decida adoçá-lo, prefira açúcares pouco refinados (demerara ou mascavo, por exemplo) e adoce individualmente para controlar a quantidade”, sugere.

  • Malu Echeverria

    Jornalista, mãe do Gael e redatora-chefe do It Mãe. Para ela, é essencial colocar a máscara de oxigênio primeiro na gente, depois na criança

Data da postagem: 30 de junho de 2016

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