5 perguntas sobre zika vírus na gravidez
A recomendação de adiar a gravidez vale para regiões onde há surto de zika (foto: freeimages)
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde confirmaram recentemente a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia na região Nordeste, o que causou pânico entre as gestantes e casais que pretendem entravidar em todo o país. Por enquanto, a principal medida para proteger as grávidas é o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do micro-organismo. A seguir, esclareço algumas das dúvidas mais comuns.
Quais os sintomas do zika vírus?
Os sintomas são parecidos aos da dengue e da febre chikungunya, ou seja, febre intermitente, erupções na pele, coceira e dores musculares, mas mudam de intensidade. Os do zika vírus normalmente são mais brandos e desaparecem facilmente (entre três e sete dias), como se fosse uma gripe. O diagnóstico é feito por exame de sangue, no começo, e clínico.
Qual o risco para a gravidez?
O principal detectado até agora é que a infecção causada pelo vírus interfira no desenvolvimento cerebral do feto, levando à microcefalia (quando a cabeça do bebê é menor do que o esperado para a idade gestacional). Além do tamanho da cabeça, com frequência, há alterações neurológicas relacionadas.
E como as gestantes devem se proteger?
Como ainda não há vacina contra o zika vírus, o principal é combater a proliferação do mosquito. Em casa, é preciso colocar telas nas janelas e ficar atento a possíveis focos do Aedes aegypt. Além disso, recomenda-se o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, deixando o mínimo de área exposta, e usar repelente (especialmente à base de icaridina).
O vírus é transmitido pelo leite materno?
Os estudos ainda estão em andamento. Por ora, o Ministério da Saúde recomenda que o aleitamento continue, mesmo que a mãe apresente sintomas do vírus.
Quem está pensando em engravidar deve esperar realmente?
Por enquanto, essa indicação vale apenas para aquelas que moram em regiões endêmicas.