A obesidade infantil cresce. O que você pode fazer como mãe?
Crie o hábito nas crianças de comer frutas, vegetais e ensine que comer de forma saudável também é gostoso (foto: It Mãe)
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões obesos. Mas não é apenas no universo dos adultos que o sobrepeso alcança níveis alarmantes. O número de crianças que estão acima do peso e que são consideradas obesas poderá chegar a 75 milhões nos próximos oito anos, caso nada seja feito.
No Brasil, uma em cada três crianças, entre cinco e nove anos, está acima do peso. Meninos obesos já somam 16,6% e meninas obesas 11,8% da população. O diagnóstico de obesidade na infância é realizado por meio do cálculo do índice de massa corpórea (IMC= peso/altura2), e esse valor muda de acordo com a idade e sexo do pequeno. Em geral, o médico utiliza gráficos de percentil da Organização Mundial da Saúde (OMS) para saber se a criança está saudável, com sobrepeso ou obesidade. Se o seu filho está acima do peso, é preciso levá-lo ao médico. Quando diagnosticado com obesidade, há a necessidade de acompanhamento multidisciplinar que inclui o pediatra, endocrinologista pediátrico, nutricionista, psicólogo e educador físico. É importante ficar atento, pois a obesidade infantil traz consequências importantes para a saúde, como o aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, hipertensão arterial, entre outras.
E como você tira seu filho dessa estatística?
Seguem alguns hábitos – nada inéditos, mas extremamente importantes – que vale a pena adotar:
1- Amamente. Uma alimentação saudável desde o nascimento é o primeiro passo para prevenção da obesidade na infância. O leite materno é o melhor alimento a ser oferecido para as crianças até os seis meses de idade. Crianças que não receberam aleitamento materno apresentam uma maior propensão para a obesidade infantil. Se você não conseguiu amamentar, nada de culpa. Há muito o que fazer para que seu filho cresça uma criança saudável. E mesmo as que mamaram no peito também precisam adquirir hábitos saudáveis.
2- Ensine seu filho ter uma alimentação saudável desde bem pequeno. Muitas crianças consumem alimentos processados e industrializados, ricos em açúcar, como refrigerantes, biscoitos, macarrão instantâneo e guloseimas. Isso contribui para a obesidade infantil. Após os dois anos de idade é o momento em que há mais risco de a criança adquirir hábitos alimentares ruins, pois experimenta muitos alimentos ditos “não saudáveis”. É nessa fase que ela pode desenvolver seletividade e rejeitar certos alimentos. Portanto, faça sua parte: mostre que comer de forma saudável também é gostoso. Procure oferecer frutas, vegetais e fibras, ensine seu filho a gostar de água (e beber diariamente). Evite refrigerante, colocando no lugar suco natural. E prefira oferecer laticínios com baixo teor de gordura.
3- Acredite: rotina faz bem. Estabeleça horário para as refeições e procure oferecer seis refeições por dia. Sendo, as 3 principais – café da manhã, almoço e jantar, além de 3 lanches – e o ideal é evitar “beliscar”entre elas. O lanche da escola deve ser composto por uma fruta, um carboidrato (pão ou biscoito integral), uma proteína (queijo ou peito de peru) e bebida sem açúcar, como água. Evite o hábito de comer assistindo televisão. Quando a criança come sem distração, aprende a saborear o alimento e controla melhor sua saciedade.
4- Estimule a prática de atividades físicas. Entre os principais fatores de risco para a obesidade infantil está o sedentarismo. Crianças têm permanecido muitas horas em frente ao computador, vídeo game e televisão e deixam de brincar e praticar esportes. Crianças precisam se movimentar! Os exercícios físicos ajudam a queimar calorias, fortalece os ossos e músculos,melhoram o humor e ajudam no sono. Além das atividades físicas programadas, como esporte ou aula de dança, incentive seu filho a brincar ao ar livre.