Natal: a importância dos rituais em família
As festas de fim de ano são importantes para criarmos memórias afetivas nas crianças (foto: freeimages)
Todo adulto que vem de uma família com o mínimo de união recorda das das festas de fim de ano com carinho. Seja da sobremesa especial que a avó fazia, das brincadeiras de amigo secreto ou da fantasia mal feita de Papai Noel que o tio usava (e a gente fingia que acreditava!), as lembranças nos definem e nos acompanham para o resto da vida. “Os rituais são de grande importância para a estabilidade emocional das crianças, pois fortalecem o vínculo entre os familiares e contribuem para a construção da nossa identidade pessoal”, explica a psicóloga e psicopedagoga Maria Carolina Signorelli, colunista do It Mãe. E além de marcar a nossa memória afetiva (a animação Divertidamente, da Disney, ilustra bem isso!), são também uma forma importante de disseminar a cultura e os valores da família.
Por que não oferecer o mesmo às futuras gerações? Para tornar as festividades ainda mais divertidas, vale a pena envolver as crianças desde antes da festa começar, como na arrumação da casa e no preparo dos alimentos. “É uma oportunidade para contar as histórias por trás de cada receita da família, por exemplo”, sugere a especialista. Já a árvore de Natal tem espaço de sobra para que cada membro da casa deixe sua “marca pessoal”. Vale convidar as crianças para desenhar os adereços com tinta em cartolina, costurar alguns em feltro, amarrar laços… a criatividade de vocês é o limite! E, certamente, os pequenos se sentirão valorizados em ver sua arte exposta no meio da sala.
Claro que é legal dar e receber presentes, mas para que as comemorações não se transformem em sinônimo de consumo, Maria Carolina sugere que a gente não se esqueça de outros valores que a época remete. A começar pela solidariedade. “A figura do Papai Noel é um símbolo de generosidade”, resume. Que tal estimular os seus filhos a doar os brinquedos para outras crianças menos favorecidas? Mas, para fazer sentido, é importante que elas participem de todo o processo, desde a escolha até o embrulho do presente a ser doado. Além do orgulho de ser um “ajudante” do Bom Velhinho, elas vão aprender também a se colocar no lugar do outro. E talvez, mais adiante, de que nenhum presente importa tanto quanto estar presente.