Guia do brinquedo por idade
Nos primeiros anos, brinquedos de cores fortes chamam a atenção dos pequenos (Foto: 123RF)
É tanta oferta que muitas vezes ficamos perdidas na hora de escolher um brinquedo para os nossos filhos. A tarefa torna-se mais difícil ainda se a compra é para presentear os amiguinhos – haja imaginação nas mil e uma festinhas! Para facilitar a vida, montamos um guia de acordo com as necessidades e interesses de cada fase dos pequenos. Isso não significa que a partir de uma idade, determinado brinquedo não atrai mais a atenção da criança: ela pode, claro, fazer novas descobertas e continuar brincando com o que já tem em casa. Veja abaixo algumas escolhas certeiras!
De 0 a 1 ano: as primeiras descobertas
Nessa fase, os recém-nascidos ainda não precisam de muitos brinquedos e brincadeiras elaboradas. “Para eles, a grande descoberta é brincar com o próprio corpo, sua mãozinha, seu pezinho, e com corpo da mãe e do pai”, diz Nancy Lissner Mester, proprietária da Cuca Toys. Por isso, a recomendação é dar brinquedos simples, de material atóxico e macio, que possam ser levados à boca (a regra vale até os 3 anos!). Cores fortes também chamam a atenção. “Costumo dizer que os ruídos que estressam os pais também acabam deixando os bebês irritados”, fala Nancy. O ideal é deixar os brinquedos eletrônicos e barulhentos mais para frente.
Boas sugestões: livros de banho, móbiles coloridos, mordedores de material atóxico, chocalhos e colar-mordedor de silicone (para as mães).
De 1 a 3 anos: coordenação e representação do mundo real
Dos primeiros passos a amarrar sozinho o tênis, treina-se muito a coordenação motora. É ela que vale estimular nessa fase com brincadeiras simples de empilhar, derrubar, puxar, encaixar e montar. Os pequenos também aprendem ao representar o mundo real nas suas brincadeiras de mamãe e filhinho, faxina na casa, comidinha, supermercado. Entram na roda bonecas e bonecos, panelinhas, rodos, vassouras, carrinhos e também fantoches, dedoches e outras formas de representação.
Boas sugestões: brinquedos de encaixes simples, blocos de empilhar, livros de tecido, carrinhos e outros brinquedos de empurrar e puxar, lego com peças grandes, bichinhos de pelúcia, fantoches, dedoches, brinquedos com sons de animais e de meios de transporte, bonecos e objetos para brincar de casinha.
De 3 a 6 anos: jogos com regras e artesanato
A partir dos três anos, as crianças já começam a brincar com jogos que estabelecem regras — das mais simples até as mais complexas. Aprender a esperar a própria vez, fazer pequenas contagens, entender que nem sempre se ganha, experimentar a frustração… tudo é aprendizado! Propostas de artesanato, como pintura e colagem, e montagem de quebra-cabeças com peças menores também estimulam a coordenação motora fina. Também é a fase de soltar a imaginação: valem fantasias, fantoches, dedoches, teatro de bonecos — sim, os pequenos nessa fase já são capazes de criar enredos com começo, meio e fim.
Boas sugestões: jogos de memória, dominó, jogo da velha, teatro de fantoches, fantasias, instrumentos musicais, cabaninha, túnel articulado de tecido, telas de pintura e outros trabalhos artesanais.
Acima de 6: alfabetização à vista
Prestes a desvendar o universo das letras, as crianças nessa fase podem se beneficiar dos jogos que ajudam na alfabetização, sempre respeitando o tempo de cada uma delas, claro (não pode virar obrigação!). “Elas também já podem se aventurar com alguns kits de montagem e de artesanato mais elaborados, como o de robótica e o de bijuteria”, diz Nancy. Aqui entram também os equipamentos esportivos mais elaborados, como patins, skate, bicicleta e até os videogames, sempre com supervisão dos pais.
Boas sugestões: jogos de forca, Lince, Stop, jogos de baralho (Mico, Trunfo e Uno), jogos de tabuleiro, kits para montar, kits de artesanato mais elaborados, livros, skate, patins, bicicleta e videogames.