Síndrome mão-pé-boca é comum no outono


Dra. Carla Bortoloto
por: Dra. Carla Bortoloto
Médica especializada em dermatologia clínica e cirúrgica
Febre, manchas esbranquiçadas na boca e bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés são sintomas da síndrome mão-pé-boca (foto: 123TRF)
 
De um dia para o outro, a criança começa a apresentar febre e dor de garganta, seguidas por manchas esbranquiçadas na boca e bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés. Trata-se da síndrome mão-pé-boca, que costuma levar muitas crianças aos consultórios durante o outono inverno.

Causada pelo vírus Coxsackie, a doença – que costuma afetar os pequenos com até cinco anos de idade (mas também pode infectar crianças maiores e adultos), tendo sua maior prevalência entre zero e dois anos – é transmitida por meio do contato direto com saliva, tosse, espirros, muco nasal, fezes, alimentos, brinquedos e objetos contaminados.   Daí a importância de se orientar a criança “desde sempre” a higienizar as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições, além de evitar colocar brinquedos ou outros objetos na boca.

  

Diagnóstico e tratamento

Após a contaminação, a doença pode levar até sete dias para apresentar os primeiros sintomas (febre e dor de garganta), evoluindo pouco depois para os demais sintomas (manchas na boca, ulcerações e pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, região genital e nádegas).

diagnóstico da síndrome mão-pé-boca é feito com base nos sintomas. Exames sorológico e de fezes também podem ser solicitados. Detectada a doença, o tratamento buscará o alívio dos sintomas, com a prescrição de antitérmicos, analgésicos e pomadas.

Além disso, mantenha a criança em repouso e evite romper as bolhas! Atenção especial à hidratação e alimentação (devido à dificuldade em engolir), dando preferência às preparações de fácil deglutição, como sucos e purês.   Por outro lado, refeições muito quentes, ou condimentadas são desaconselhadas.

Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha em um prazo de cinco e sete dias, mas o vírus ainda pode ser transmitido pelas fezes durante cerca de quatro semanas, após a recuperação do pequeno. Por isso é fundamental manter a higiene. Desde o ambiente e os brinquedos utilizados pela criança, até as mãos e roupas daqueles que cuidam dela, tudo deve ser constantemente higienizado, para evitar a contaminação. 

 

  • Dra. Carla Bortoloto

    Médica especializada em Dermatologia clínica e cirúrgica, tricologista, professora da Pós-Graduação em Dermatologia das Faculdades BWS, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC) e da American Academy of Dermatology (AAD)

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