Como organizar as roupinhas que não servem mais

A médica Carla Mulin guarda todas as roupinhas do filho mais velho em sacos plásticos que reduzem volume. Para o bebê que está a caminho poder usar (foto: arquivo pessoal)
Quando converso sobre a organização de roupas infantis nos meus cursos de organização de residências, sempre há uma pergunta recorrente: como organizar as roupinhas que não servem mais na criança, mas serão usadas pelo próximo filho ou por um primo ou filho de amigo da mamãe. Daí resolvi perguntar para algumas clientes e amigas, tanto as que guardaram por alguns anos estas roupinhas quanto as que começaram a guardar há pouco tempo. Divido com vocês minhas dicas, mas também as delas.
A médica Carla Mulin, cliente da Home Organizer que espera em breve dar um irmãozinho para o Miguel, seguiu minha dica de separar estas roupinhas por meses (Menino – RN, 3 a 6 meses, 6 a 9 meses), assim como fazem as lojas. Ela está guardando tudo em sacos plásticos de reduzir volume. A Carla comprou vários da marca Space Bag fora do Brasil, mas se você achar o preço por aqui um pouco salgado pode investir nos da marca Ordene, que uso em casa e são muito eficientes para organizar as roupas do meu pequeno. O detalhe do uso dos sacos de reduzir volume é que somente roupas muito, mas muito secas mesmo, podem ficar nestes sacos, para evitar que a umidade vire uma mancha de mofo. Como eles são fechados a vácuo e não deixam a roupa respirar, qualquer umidade faz um estrago enorme. Além disso, nunca coloque roupas de seda e couro nestes sacos, porque estes tecidos mofam facilmente.
Em relação a que tipo de roupas guardar, a maioria das mães que consultei guarda apenas as roupinhas que estiverem em excelente estado ou aquelas que remetem a alguma ocasião especial. Uma cliente minha, a Paula, me contou que batizou os filhos com a mesma roupinha com que foi batizada. Por isso está cuidando muito bem dessas roupinhas, para que seus netos também possam ser batizados com a mesma roupa. Ela usa uma capa de TNT e coloca a roupa em num cabide. Já a Marina Bernardes Xandó, que não pretende ter mais filhos, está guardando todas as roupinhas de maternidade da pequena Maria Victoria para que, no futuro, ela use em seu bebê. Que privilégio ter avós tão detalhistas e cuidadosas como a Paula e a Marina, não?
Agora vamos às peças que não estão na lista das que serão guardadas: as que estiverem gastas (principalmente no joelho, quando o bebê está engatinhando), as que ficarem manchadas (seja lá do que for!), as que estiverem desbotadas de tanto serem lavadas e, inclusive, aquelas roupinhas lindas de vier, mas que não caem bem em seu filho. A Carla Mulin me contou que o Miguel só tem 7 meses, mas ela já descartou todas as roupinhas que ele não gostava de usar. Amei saber que ela seguiu minhas dicas de descarte do curso de organização e não está guardando nada que já sabe que não vai usar!
Uma coisa interessante que pude atestar com minha pesquisa é que, na maioria das vezes, boa parte das roupinhas acaba não sendo passada adiante. A personal chef especialista em comidinhas infantis Mayra Abucham, que é mãe de quatro crianças, me contou que a grande maioria das roupas de seus pequenos foi doada. E, como utilizou caixas plásticas bem vedadas, mesmo guardando tudo no depósito de seu prédio, ao retirar as roupinhas teve apenas de lavá-las novamente. Nada de mofo ou manchas de guardado.
Mas claro que existem outras opções de armazenamento. A Marina Xandó, por exemplo, guarda tudo que irá para suas sobrinhas em malinhas super fofas (que eu vi e amei!!!), e abusas de etiquetas, para não misturar com outras roupas guardadas no mesmo local. Minha dica final, para complementar estas opções de armazenamento são as caixas de TNT. Elas são durinhas, resistentes e, como são feitas de material respirável e delicada, não estragam nem mancham nada. Para completar, coloque duas bolinhas de cedro em cada caixa, para evitar as indesejáveis traças. E boa organização!
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Um beijo,
Ingrid Lisboa