Babá, berçário ou vovó?
Imagino que a maior de todas as dúvidas das it mães seja essa… Como quem vou deixar meu filho na volta ao trabalho?
Bem, sem dúvida foi a minha. Então, retratarei aqui minha visão como psicóloga,
como mãe e também baseada em minha experiência com centenas de babás no serviço da Elite Care.
Quando nasceu o Ayron, meu primeiro filho, tudo era super novo para mim. Naquela época, eu não estava trabalhando. Isso foi por pouco tempo. Quando ele estava completando 4 meses, recebi uma
ótima proposta, que não hesitei em aceitar. Na época, eu estava
morando em Santos e o trabalho era no ABC Paulista. Mesmo assim, eu teria uma mega
flexibilidade, então fiquei tranqüila!
Minha mãe e minha sogra, são super it avós (trabalham, namoram, viajam). Então, não dava mesmo para contar com elas em tempo integral. Como eu era mais nova,
pilhadérrima e só tinha um filho, costumava “carregar” o Ayron comigo para cima e para baixo.
De verdade, não conseguia suportar a ideia de delegar os cuidados do meu filho a uma babá. Quando voltei a trabalhar, não tive dúvida. O Ayron, com 4 meses, foi para um berçário incrível, super bem assessorado e equipado!
Quando nasceu a Leonna, dois anos depois, eu ainda estava na mesma
empresa, com um cargo ainda maior e salário idem. Tive a ideia de
coloca-lá no mesmo berçário. Mas, além de não conseguir vaga para ela, a minha vida
social com dois filhos definitivamente virou um stress…
Me lembro de uma viagem com amigos para uma fazenda. O Ayron tinha 2 anos e
meio e a Leonna, 3 meses. Como eu complementava leite materno com fórmula,
tinha de ferver mamadeiras constantemente. Enquanto todos tomavam sol, se
divertiam na piscina ou faziam outras coisas, eu ou
amamentava ou lavava mamadeiras ou trocava fraldas (de dois, porque Ayron estava terminando o desfralde). Some a isso hormônios bombando. Voltei de lá surtada, quase contratando a primeira pessoa que aparecesse na minha frente…
Consegui, depois de muuuuito procurar uma babá novinha para me ajudar, que
fui moldando do meu jeito… (E foi dessa necessidade/experiência que surgiu a ideia da agência de babás Elite Care, que hoje virou um site de busca de babás).
Parecia tudo resolvido. No primeiro ano, foi lindo. Depois, como a grande maioria das babás, ela também já não topava dormir sextas ou sábados, porque queria sair. Para que ela me acompanhasse em viagens de Carnaval e Réveillon sempre era uma master negociação. Então, me vi tendo que optar pelas baby sitters… O que passou a ser a solução…
Diante dessas experiências, eis meu ponto de vista:
Babá
Se você tem condições financeiras, é bacana, porque deixa seu horário bem mais flexível. Por exemplo, se você precisa chegar mais tarde do trabalho. Em berçários, a tolerância costuma ser de 20, 30 minutos.
Você também pode contar com ela quando quer sair de vez enquanto com o marido/namorado para
namorar, jantar, dançar, etc.
Em passeios, ela ajuda com bolsas, carrinhos, e claro, com o (s) pequeno (s). Além de ser uma mão na roda em viagens, permitindo que você tome sol tranqüila, relaxa
ou durma um pouco mais…
O maio problema das babás normalmente começa quando
estamos super adaptadas à rotina (e o bebê também) e elas passam a ficar indisponíveis em
vários momentos. Algumas faltam, outras vão embora. E há também as arrumam milhões de consultas médicas. Sem falar nos atrasos que atrapalham toda a sua rotina e comprometem seu trabalho.
Para contratar uma babá também conta – e muito – que ela tenha uma caráter inabalável. Ser “de confiança” é o foco de atenção principal. Por isso, é imprescindível checar antecedentes, antigos empregadores, ir à casa da candidata, etc)
Berçário
Normalmente, são mais “confiáveis” por se tratarem de uma empresa com
CNPJ e pessoas qualificadas. Obviamente, o desenvolvimento dos pequenos
acaba sendo mais rápido, por conviverem com mais crianças e terem estímulos de gente especializada. Há existem
auxiliares, e nas melhores escolas, enfermeiras e nutricionistas, entre
outras profissionais.
Sem dúvida, o maior problema é a questão das viroses, que sim, os pequenos
vão pegar bastante nesta fase, e a falta de elasticidade nos horários (dependendo da sua rotina de trabalho, esses dois fatores acabam atrapalhando bastante seu desempenho profissional).
O berçário também não vem com a comodidade de poder contar com ajuda aos fins de semana ou de noite. Mas fique atenta, pois muitas berçaristas, para aumentar a renda, topam
trabalhar como baby sitters (eventuais) , o que ajuda horrores pois seu filho já está adaptado com ela na escolinha!
Mais ainda há a terceira opção… a vovó
Não há dúvidas. Maior confiança não há. Se for sua mãe então, PERFEITO (principalmente para você, que pode ter um jogo mais aberto com ela e resolver os conflitos de educação de uma maneira mais , digamos, sincera, sem rodeios). Digo que pode ser perfeito para você, porque certamente seu marido não vai concordar com várias das atitudes dela. E isso é um tormento no relacionamento. Fora que, ainda que a vovó esteja super feliz em poder ficar com o baby, que ele talvez seja até uma novidade incrível para reanimar sua vida, a obrigação diária sem dúvida será desgastante. Se vai ser a sua sogra que ficará com o baby, a história se repete… e quem vai ficar irritada nessa caso é você. Sim, por mais fofa que a sogra seja, existem atitudes na criação que a gente quer de um jeito e elas fazem de outro, nao por mal, mas como acham que está certo. E, como estão fazendo m favor, fica uma baita saia justa… Vi muitos casos de mães que buscavam babás depois de se desentenderem com as vovós…
Agora, óbvio, se a vovó esta disponível e a grana está curta, e esta
opção for a escolhida, é importante que, além do bom senso de todos, você e o pai da criança
tenham um bom diálogo de alinhamento sobre como proceder em cada
situação. Para evitar desgastes naturais, porém desnecessários…
Concluindo, na minha opinião, a melhor solução é um berçário, com auxílio
de uma baby sitter ou mesmo babá fixa em horários necessários. E, claro,
sempre que a vovó puder, mande os netos para ficar com ela!!
Bjs
Talu